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Elisa acusada de falta de coragem para travar prédio nas Caxinas

O grupo de cidadãos que interpôs uma ação exigindo em tribunal a demolição do prédio em construção junto à Igreja do Senhor dos Navegantes, nas Caxinas, foi à Assembleia Municipal de Vila do Conde, para dizer que a análise cuidada do processo permitiu, agora, perceber que grande parte do licenciamento do imóvel foi feito durante os mandatos em que era presidente da Câmara o agora líder da Assembleia Municipal, Mário Almeida.

No entanto, o porta-voz do grupo, Abel Coentrão, não isenta de culpas a atual presidente, Elisa Ferraz, que podia ter travado a construção, mas não o fez e ainda por cima indemnizou o construtor para passar o prédio dos 4 para os 7 metros de distância à igreja, ou seja, pagou-lhe, “pela perda de uma coisa à qual ele nem sequer tinha direito”. Faltou à ex-vice de Mário Almeida, diz Abel Coentrão, coragem para pôr em causa as decisões já tomadas, e, protegendo Mário Almeida, desprotegeu as Caxinas. O porta-voz diz que o grupo não tem medo de retaliações e continua à espera que, em Vila do Conde, surja “um poder que respeite o direito à crítica”.

Elisa Ferraz continua a recusar responder às alegadas “nulidades” do processo. A presidente da Câmara diz que espera calmamente pela interpelação do tribunal. Quanto à possibilidade de o grupo de cidadãos vencer a ação, Elisa afirma que seria para a Câmara um “espanto enorme”, já que continua convicta de que tudo está dentro da lei. Por sua vez, Mário Almeida diz que a solução atual, não sendo a que defendia, vai valorizar a igreja. Quanto à sua quota parte de responsabilidade no processo, defende que serão, agora, os tribunais a decidir.

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