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População disposta a lutar pela demolição de prédio (vídeo)

Há revolta nas Caxinas com a construção do polémico prédio junto à Igreja de Nosso Senhor dos Navegantes. No dia em que a Assembleia Municipal de Vila do Conde vai ficar marcada pela presença dos caxineiros e o tema deverá ser, inevitavelmente, debatido, a Rádio Onda Viva foi ouvir alguns dos contestatários ao polémico projeto, que, conforme já lhe demos conta, chegou, agora, a tribunal.

Margarida Bicho é uma das vozes da revolta. A mulher de 63 anos, lembra-se bem do sacrifício que a família fazia, há quase 50 anos, para doar, todos os meses, dinheiro para a construção do centro paroquial (inaugurado em 1970), a que depois se seguiu a lista dos “Mil Amigos” para ajudar à construção da igreja, conhecida pela forma de barco, inaugurada em 1985. Margarida Bicho diz que o prédio em construção é “uma vergonha” e lembra o projeto, apresentado por alturas do programa Polis de Vila do Conde, pelo então presidente da Câmara, Mário Almeida, que previa para aquele terreno um parque verde de apoio à igreja com uma zona de merendas. Caxineira de gema, filha e neta de importantes membros do conselho paroquial das Caxinas, Margarida Bicho diz que nem que dê uma verba em euros equivalente a mil contos na moeda antiga para ajudar a levar o processo judicial até ao fim e ajudar a descobrir quem ganhou dinheiro com o negócio do polémico prédio em construção a escassos 7 metros do templo.

José Viana também teve sempre familiares ligados à Igreja. Diz que nunca ninguém imaginou que ia levar “uma facada pelas costas” e lamenta que as Caxinas tenham sido enganadas. Os pais de Olívia Pontes faziam grande sacrifício para dar os mil escudos (5 euros todos os meses para ajudar na construção), por isso, frisa, a Igreja é de todos os caxineiros. Olívia apela, assim, ao povo para que saia de casa e, já esta noite, compareça na Assembleia Municipal de Vila do Conde e ajude na luta.

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