Homicida da Estela diz que já confessou tudo
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quarta-feira, 10 fevereiro 2016 20:22
- Escrito por: Rádio Onda Viva
“Não quero falar. Já confessei os factos”. Foi com estas palavras que Paulo Silva se dirigiu, hoje, ao coletivo de juízes do Tribunal de Matosinhos. O homem, acusado de matar a tiro os antigos sogros, a ex-mulher e o enteado (na foto), a 28 de Abril de 2015, começou, hoje, a ser julgado. Na primeira sessão, Paulo Silva remeteu apenas para a confissão e não quis prestar mais declarações.
De acordo com a acusação do Ministério Público, o empresário muniu-se de uma pistola e um revolver carregados e várias munições de reserva e foi até à Rua Comendador Araújo, na Estela, ao café S. Tomé, propriedade dos antigos sogros. Eram 9h00 do dia 28 de Abril.
Terá bebido meia garrafa e whisky, enquanto esperava que a ex-mulher, Sílvia Lima, de 42 anos, viesse de levar a filha à escola. Depois, entrou no café e atingiu Sílvia com dois tiros na cabeça. Em ato contínuo, baleou a antiga sogra, Maria de Fátima, de 70 anos. Depois, foi à procura do ex-sogro, pelo caminho, cruzou-se com o enteado, Renato Alves, de 23 anos. Atingiu a tiro pelas costas e, já num quarto da cave, baleou o ex-sogro, Domingos Lima de 70 anos. O filho do alegado homicida surgir-lhe-ia pelo caminho. Pediu-lhe que parasse. Paulo Silva não acedeu, mas poupou o menor. Antes de abandonar o café, voltou a balear as quatro vítimas, a fim de se certificar que nem sobreviveria.
Consumado o massacre, o dono de uma empresa de tetos falsos fugiu em direção a Espanha, mas acabou por ser detido pela GNR que já o perseguia, na A3, em Valença, a dois quilómetros da fronteira.
Está agora acusado de quatro crimes de homicídio qualificado e três de ameaça agravada. Vai ainda responder por detenção de arma proibida e porte e uso de arma sob o efeito do álcool, já que acusava uma taxa de alcoolemia de 1,38 gramas por litros.
Há muito que Paulo Silva ameaçava de morte a companheira, de quem estava separado há cerca de um ano e com quem mantinha uma desavença por causa de uns terrenos do ex-sogro, a quem tinha pagamentos de renda em atraso. Um dia antes do homicídio, Sílvia havia apresentado queixa na GNR. Terá sido esta queixa, acredita a acusação, a espoletar o trágico final.
O advogado de Paulo Silva acredita que, ainda antes do final do julgamento, Paulo Silva irá falar.
O julgamento prossegue no próximo dia 17, quarta-feira, com a audição das primeiras testemunhas de acusação.
As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.
by WebFarol