Rádio Onda Viva

Emissão Online

(Video) Quatro familiares assassinados na Póvoa por atirador preso quando fugia

Uma tragédia abalou esta terça-feira a freguesia da Estela, na Póvoa de Varzim. Paulo Silva, de 44 anos, matou a tiro quatro pessoas. As vítimas são a ex-mulher (Sílvia, de 41 anos), os antigos sogros (Maria de Fátima e Domingos Lima, ambos de 70 anos) e um ex-enteado (Renato, de 23 anos). O crime aconteceu pouco depois das 9 horas no café São Tomé, em frente à junta de freguesia, na Rua Comendador Araújo, propriedade dos septuagenários. O homicida, empresário no ramo da construção civil, entrou armado e alvejou mortalmente os ex-familiares: dois no estabelecimento e outros dois na residência com acesso ao café. Joel Silva, de 15 anos, filho do autor dos disparos e da vítima, presenciou parte dos acontecimentos e outra filha, Inês, de 10 anos, estava na escola quando tudo sucedeu. Ambos estão a receber acompanhamento psicológico. Um vizinho, Américo Leite, cruzou-se com Paulo Silva antes dos factos ocorrerem, ouviu depois os disparos, viu o homicida colocar-se em fuga, entrou no café e deparou-se com um cenário de sangue. Um relato mais desenvolvido dos acontecimentos foi dado por José Armandino Domingues, autarca da Estela, que passou grande parte do dia a prestar declarações às autoridades sobre o sucedido. O coronel Silva Ferreira, relações públicas da GNR, revelou que Paulo Silva foi capturado em Valença, após se ter envolvido num acidente quando tentava fugir às autoridades, tendo confessado o crime e não oferecido resistência, apesar de ter na posse uma pistola e um revólver. O conturbado processo de separação e desavenças familiares relacionadas com bens e partilhas, nomeadamente um terreno com armazéns e uma casa, incluindo um diferendo judicial, estarão na origem da tragédia, contou um outro vizinho das vítimas, José Gomes. Sabe-se que o ex-sogro já tinha apresentado uma queixa na GNR contra Paulo Silva e outra vizinha, Maria dos Anjos, revelou que o assassino já tinha feito recentemente várias ameaças de morte às vítimas. A Polícia Judiciária ficou com a investigação do crime. Os quatro cadáveres foram retirados do local da tragédia às 16 horas e seguiram para o Instituto de Medicina Legal em duas viaturas dos Bombeiros da Póvoa. O autor dos disparos deverá ser presente em breve para primeiro interrogatório a um juiz de instrução criminal.

RECOMENDADAS

Login