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Barcos locais já não podem apanhar sardinha

Depois da Nazaré, de Peniche e do Algarve, também a quota de sardinha da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde já esgotou. O presidente da Organização de Produtores de Pesca Artesanal, Carlos Cruz, diz que a quota dos 12 barcos locais terminou a 4 de Setembro e que, neste momento, está interdita a descarga de sardinha no porto poveiro. O presidente da Apropesca explica que, neste momento, metade das 12 embarcações, com um total de 150 tripulantes, já está a recorrer aos apoios à paragem disponibilizados pelo Governo, que atribui 20 euros por dia a cada pescador até 30 de Novembro. Às ajudas podem recorrer todos os barcos do cerco, cuja pesca de sardinha represente, pelo menos, 7,5% do total do pescado capturado durante o ano. Carlos Cruz alerta os associados: o que pescarem daqui para a frente também vai contar para a média. Entre Dezembro e Janeiro, o Governo já prometeu aos pescadores que haverá novas ajudas ao abrigo do novo quadro comunitário de apoio (o programa 2020), mas é, sobretudo, o próximo ano que preocupa o setor. O Governo está à espera dos últimos estudos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e das negociações com Espanha e comprometeu-se a anunciar a quota disponível para 2016 em Novembro. Carlos Cruz diz que, se a situação for idêntica à de 2015, os pescadores de todo o país já combinaram só regressar ao mar em Junho, a fim de usufruir da quota no período em que a sardinha tem melhor qualidade e maior valor de mercado. O ano passado, recorde-se, a captura da sardinha foi proibida a 19 de Setembro e os pescadores estiveram parados até Março. Neste momento, a quota, a norte, ainda subsiste até ao final do mês para os 25 barcos da Propeixe (Matosinhos), que abrangem centenas de pescadores poveiros.

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