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Panfletos com sexo e políticos incomodam muita gente em V. Conde

Se um panfleto incomoda muita gente, dois panfletos incomodam muito mais. Agora multiplique isto por dezenas e saiba que panfleto,  segundo a Wikipédia, panfleto  é  um “libelo difamatório, folheto escrito em estilo satírico ou violento, especialmente sobre assuntos políticos”. Pois bem, é o que  está a acontecer em Vilar do Pinheiro , Vila do Conde, mas extravasa, e de que maneira,  a política.  Mas tem o presidente da Junta como um dos principais visados,  a par de mulheres supostamente infiéis e outras histórias que nem ao diabo lembra. E até a uma instituição ligada à Igreja (a Conferência de S. Vicente de Paulo) não escapa à “pena” acutilante de um hábil “Gil Vicente do séc. XXI”, cuja identidade permanece um mistério ao longo de sensivelmente 3 anos, como contou à Onda Viva, sob anonimato (por razões óbvias),  um morador de Vilar do Pinheiro, que diz que "tudo o que vem lá escrito é a pura verdade”. Os visados são facilmente identificáveis pelos populares,  através de trocadilhos de nomes, por exemplo. Segundo uns,  o autor (ou autores) distribui os panfletos a coberto da noite, deixando-os simplesmente na via pública, onde são encontrados e lidos avidamente, e até em caixas de correio , segundo outros. Quase todos guardam exemplares em casa.O próximo panfleto, avisou o autor destes incendiários textos, tem como alvo  a Igreja,  ou melhor,  uma intuição de bem-fazer liga à Igreja, a Conferência de S. Vicente de Paulo ( composta por leigos católicos). E como reage o povo? Os visados reagem  com indignação, outros riem "e não se fala de outra coisa, nos cafés,  na via púbica", quando sai mais um panfleto. Nesta história só não ri mesmo quem é visado; e são às dezenas de pessoas afetadas. Nem os políticos locais estão fora de mira do misterios autor destes panfletos:  é que até o presidente da Junta é criticado. Entretano,  vários palpites correm na terra sobre a identidade do autor dos textos. Alguns dizem que é “alguém” ligado às letras. Uma coisa é certa: o autor vai continuar a zurzir na vida alheia, numa espécie de Big Brother local, que, soubemos, até inclui descrições de posições sexuais preferidas de mulheres supostamente em fase de adultério, ou mesmo compra de namoradas a troco de dinheiro. 

Sublinhe-se  que a Rádio Onda Viva procurou obter a reação dos explicitamente visados (presidente da Junta e Conferência de S. Vicente de Paulo). Chegámos à fala com o presidente da Junta de Freguesia, José Miguel Pinto Pereira, que se recusou, no entanto, a prestar declarações gravadas, remetendo tudo para um comunicado lançado na rede social  Facebook, que publicamos a seguir, na íntegra. Para que fique claro que nada move este órgão de comunicação social contra o autarca - que, de resto é citado, "en passant", a par dos anteriores responsáveis da Junta - que era PS, sendo a atual PSD. Estando as coisas postas deste modo, segue o referido comunicado. Na íntegra. 

"A Junta de Freguesia de Vilar do Pinheiro vem por este meio dar público conhecimento da indignação sentida ao tomar conhecimento da “notícia” divulgada no site da Rádio Onda Viva sob o título “Panfletos com sexo e políticos incomodam muita gente”.
A Junta de Freguesia lamenta a cobardia de quem promove a escrita e difusão de panfletos anónimos veiculando insinuações e mentiras sobre pessoas honradas e instituições que dignificam a nossa comunidade. Mas se nos indigna a cobardia dos anónimos, ainda mais lamentamos que órgãos de comunicação social, supostamente sérios, alinhem na difusão deste tipo de situações, tornando-se assim cúmplices de uma atuação criminosa que visa caluniar e difamar pessoas e instituições.
Em face disso, a Junta de Freguesia, na defesa do bom nome da nossa freguesia e das suas instituições, que não merecem ser vilmente tratadas desta forma, informa que irá acionar todas as medidas ao seu alcance, incluindo o recurso à via judicial".

Atitude diferente teve Manuel Carvas Guedes, responsável pelas Conferências Vicentinas da Diocese do Porto (do qual faz parte o núcleo de Vilar do Pinheiro). Ouvido pela Onda Viva,  este responsável começou por ressalvar que não conhece “em concreto” esta polémica. Mas atribuiu ao caso uma importância relativa , sublinhando que  tem “uma enorme estima e o maior  respeito” pelo Vicentinos de Vilar do Pinheiro, que “têm prestado o melhor serviço” à comunidade. “Há é pessoas com ambição de poder e vontade de destruir os outros, e então utilizam estes processos (dos panfletos anónimos)", afirmou. Aquele responsável disse que, por outro lado, “por vezes existem entre os membros das Confererências Vicentinas situações de pobreza,  e pode acontecer que alguns deles próprios sejam ajudados” pela instituição. Recorde-se que foi anunciado pelo próprio autor que próximo panfleto será sobre a Conferência de S. Vicente de  Paulo local. Questionado sobre as razões da escolha de tal instituição, a nossa fonte disse que  correm na terra a insinuação de que “alguns  levam as melhores coisas para eles” (esta instituição de leigos católicos ajuda os mais carenciados de várias maneiras, incluindo alimentos e roupas, como é sabido”. Manuel Carvas Guedes, que classificou de “cobardia” a atitude do autor dos panfletos, por ser anónimo,  lançou um desafio ao autor dos polémicos panfletos: “que se dê  a conhecer para um frente-a-frente”. E mais um segundo repto: "que atire a primeira pedra,  de rosto descoberto”.  Estão  lançados ambos os reptos, através da Onda Viva, que ouviu, assim, as partes envolvidas.

As declarações podem ser ouvidas clicando na edição local das 12 horas.

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