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Piscinas de Vila do Conde vão fechar as portas durante ano e meio

As piscinas municipais de Vila do Conde vão entrar em obras já em Setembro. O equipamento estará fechado ao público durante um ano e meio. O projeto é assinado pelo arquiteto e ex-vereador do PS na Câmara da Póvoa, Silva Garcia, e está orçado em 2,7 milhões de euros. A alternativa são as piscinas de Mindelo. A autorização para o arranque da obra foi aprovada, na última Assembleia Municipal, com a abstenção de todos os partidos da oposição - PSD, CDS-PP e CDU.

A presidente da Câmara, Elisa Ferraz, explica que o atual edifício será completamente demolido e, no seu lugar, será construído um novo. Haverá novas piscinas interiores, duas pistas de 50 metros, que permitirão os treinos dos atletas de competição, as pistas serão mais largas e o edifício ganhará melhores condições. Manter-se-á a piscina exterior praticamente como está. Elisa Ferraz diz que, para os utentes, durante ano e meio, a alternativa serão as piscinas de Mindelo. A presidente reconhece que não haverá capacidade para absorver a totalidade das pessoas, mas, frisa, as obras são fundamentais e a sua necessidade é reconhecida por todos quantos frequentam as instalações do complexo.

Do lado do PSD, Nuno Maia explica a abstenção do partido. O social-democrata diz que o PSD concorda com a obra, mas lamenta que, volvida mais de uma década de promessas, a Câmara tenha “definitivamente abandonado” a intenção de construir as piscinas de Caxinas, Macieira e Junqueira.

Também Afonso Ferreira, do CDS-PP recusou votar a favor da obra. É, diz, notório que a piscina precisa de obras urgentes, mas, quatro meses depois da aprovação do Orçamento para 2016 e ainda sem obra no terreno, a empreitada já derrapou 500 mil euros. A somar a isto, os três complexos que ficaram pelo caminho. Por isso o voto contra centrista.

Pedro Martins, da CDU, diz que a obra já podia ter sido feita antes se as opções políticas tivessem sido outras e lamenta que as freguesias continuem a ser discriminadas. Agora, há urgência em avançar. “Será porque para o ano é ano de eleições?”, questiona o deputado comunista.

Na nota enviada aos deputados, é dito que a piscina tem “problemas estruturais e energéticos muito significativos” e que é “incapaz de corresponder às novas exigências” da lei. Há perdas de água nos tanques, “mau desempenho energético da nave” principal, dada a idade da estrutura e a existência de fibrocimento na cobertura e áreas técnicas “obsoletas e desajustadas com custos energéticos e de funcionamento incomportáveis”.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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