Rádio Onda Viva

Emissão Online

Ex-dirigentes e diretor-geral acusados de falsificação de documento

Perspetiva-se mais um processo judicial a abalar a vida do centenário Varzim ...

O Ministério Público acusa três antigos dirigentes e diretor geral do Varzim da prática do crime, em co-autoria, de falsificação de documento. Em causa estão o ex-presidente Lopes de Castro, os vice-presidentes João Viana e Fernando Silva e Nuno Ribeiro. O caso remonta ao ano de 2012 e à altura em que Pedro Faria foi eleito como novo presidente do Varzim. Nuno Ribeiro quis terminar o contrato de trabalho com o clube devido a salários em atraso e apresentou, em Outubro, um acordo de pagamento depois do ato eleitoral de 22 de Setembro e da tomada de posse dos novos órgãos sociais realizada dois dias depois. Pedro Faria não reconheceu a dívida reclamada de 11 mil euros , referente a vencimentos não pagos e à indemnização compensatória, tendo recusado assinar qualquer documento.

Nessa altura e face a esta situação, segundo o Ministério Público, Nuno Ribeiro e os três dirigentes combinaram entre si a elaboração de documentos a atestar que o contrato de trabalho do diretor geral com o Varzim havia sido resolvido antes do ato eleitoral, quando o trio ainda exercia funções no clube. Lopes de Castro, João Viana e Fernando Silva terão assinado três documentos – ‘Carta de Resolução do Contrato’, ‘Declaração de Situação de Desemprego’ e ‘Acordo de Pagamento’ - que vinculavam o Varzim a essa dívida, com datas precisamente dos dias anteriores às eleições. Foi graças a esses documentos que Nuno Ribeiro apresentou em Novembro de 2012 uma execução que levou à penhora do autocarro do Varzim, acabando mais tarde por obter o dinheiro que exigia.

O Ministério Público sustenta que os ex-dirigentes e diretor geral sabiam que o que fizeram constar naqueles documentos não correspondia à verdade pois já não estavam nos cargos nas datas em que os redigiram e assinaram, tendo tal ação levado à cobrança coerciva de 11 mil euros em prejuízo do Varzim, que ficou impedido de contestar o montante reclamado. Segundo a acusação, Lopes de Castro, João Viana, Fernando Silva e Nuno Ribeiro agiram de forma voluntária, livre e consciente, em conjugação de esforços, mesmo sabendo que as respetivas condutas eram proibidas e punidas por lei.

A Rádio Onda Viva contactou os visados, mas só Nuno Ribeiro atendeu a chamada, tendo optado por não prestar declarações gravadas. O ex-diretor geral apenas referiu que respondeu a um inquérito e contestou as acusações, que defende serem falsas, acrescentando que espera que o processo nem chegue a julgamento.

RECOMENDADAS

Login