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GNR condenado por matar jovem sente-se "enganado" e procura apoio financeiro

Hugo Ernano considera-se enganado pela Justiça que o condenou a uma pena de prisão e ao pagamento de uma indemnização ao pai da criança que matou, na sequência do disparo de um tiro numa perseguição policial. O militar da GNR foi um dos convidados do último Praça do Almada, programa de informação da Rádio Onda Viva, onde recordou o dia, em Loures, em 11 de Agosto 2008, em que disparou contra a carrinha que tinha estado no local de um furto e uma das balas acabou por acertar num jovem com 13 anos de idade que se encontrava na parte de trás do veículo (de três lugares). É, aliás, com o título “Bala Perdida” que Hugo Ernano publicou um livro com o qual pretende obter receitas para levar o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos dos Homem. É que em Portugal já perdeu todos os recursos e está condenado a pagar uma indemnização de 55 mil euros aos pais do menor, para além de ter uma pena suspensa de quatro anos de prisão pela prática de homicídio simples por negligência grosseira. O militar contesta a forma como foi condenado – “por convicções pessoais” e sem alusão a qualquer desrespeito pelos procedimentos legais - e o livro serve também para deixar sair “um desabafo sobre a condenação”. O militar justifica que a carrinha em fuga se dirigia em direção a uma multidão e que estavam criadas as condições para disparar. Hugo Ernano não esconde o seu desagrado por não ter sido levada em conta a conduta do pai – foragido à polícia – em relação ao jovem que morreu. A condenação do pai da criança por exposição de menor ao perigo podia ter evitado a sanção sobre Hugo Ernano, mas o progenitor  que estava evadido do Centro Prisional de Alcoentre, foi sentenciado a  dois anos e dez meses de prisão efetiva por outros crimes: resistência e desobediência, prestação de falsas declarações e coação sobre funcionários.Algo de dificil entrendimento, realçou Paulo Maciel, da Associação de Profissionais da Guarda, que está a apoiar o militar que, no seu entender, não teve justiça.O caso de Hugo Ernano e outros assuntos relacionados com a segurança (na foto os convidados com o moderador do programa, Octávio Correia, a segurar o livro) estiveram em análise no último Praça do Almada, programa de informação da Rádio Onda Viva que vai pode recordar na secção podcast da nossa página na Internet.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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