Prometida ajuda municipal aos despedidos na Gencoal
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em terça-feira, 26 março 2024 15:18
- Escrito por: João Ricardo
A Câmara de Vila do Conde promoveu hoje uma reunião com os trabalhadores da Gencoal. O encontro sucedeu depois do anúncio de intenção de despedimento de 97 funcionários da conserveira das Caxinas, algo que deve ser formalizado já na próxima terça-feira. Vítor Costa chamou também a diretora do Centro de Emprego para apresentar as alternativas de futuro a quem vai ficar em breve sem trabalho. O edil reiterou a preocupação municipal com o destino das famílias afetadas pelos despedimentos e voltou a não esconder a surpresa com o cenário criado pela empresa italiana, que até tinha mostrado há meses vontade de investir e ampliar as instalações. Por perceber que este problema irá ter grande impacto e criar dificuldades na comunidade, Vítor Costa mostrou a disponibilidade dos serviços camarários ajudarem nos casos sociais mais delicados.
O coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Bebidas voltou a assegurar que tudo será feito para impugnar este despedimento, apesar de admitir que não vê da empresa qualquer abertura para recuar. José Armando Correia considera que esta medida da Gencoal visa afastar os trabalhadores com problemas de saúde e que estiveram recentemente em greve, sendo esta uma forma livrarem-se dos funcionários mais reivindicativos.
Marta Cunha é uma das visadas neste processo. Está na fábrica há 8 anos e é delegada sindical, tendo manifestado estranheza com os critérios de escolha dos despedidos dado que diz não se enquadrar em nenhum: “Se tenho uma ficha disciplinar limpa, se não tenho problemas de falta de produtividade e de empenho, pergunto-me porquê que isto está a acontecer comigo?”. A funcionária afirma-se consternada e com grande receio do futuro dado que tem dois filhos menores e é o pilar financeiro do agregado familiar, mas espera que a autarquia possa apoiar os casos mais delicados como ficou prometido. Nesta fase, Marta Cunha já não acredita num volte-face e, entre o medo de falar e ficar sem nada, refere que cada trabalhador vai tentar resolver o seu caso da melhor forma.
As declarações podem ser ouvidas na edição local.
by WebFarol