Fernanda Melchor vence Prémio Correntes d'Escritas
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quarta-feira, 21 fevereiro 2024 11:26
- Escrito por: Ana Trocado
“Temporada de Furacões”, da mexicana Fernanda Melchor, venceu o Prémio Casino da Póvoa, atribuído no âmbito do Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica.
“O romance destaca o lado mais sombrio da natuteza humana, numa comunidade dominada pela violência mais extrema e pela luta entre catéis de droga. Com uma escrita torrencial marcada pela coloquialidade, a escritora dá corpo a uma narrativa polifónica, que exacerba a existência de personagens, elas próprias restos na perifena da periferia. Tudo isto conduz o leitor a uma experiência de vertigem, isenta de qualquer tentação moralista”, justifica o júri, constituído por Ana Gabriela Macedo, Carlos Vaz Marques, Isabel Lucas, Isabel Pires de Lima e José Mário Silva.
Fernanda Melchor tem 41 anos e é jornalista. Em 2013 foi reconhecida pela revista “La Tempestad” como a escritora emergente do ano no panorama literário mexicano. Em 2015, o Hay Festival e o British Council consideraram-na uma das escritoras com menos de 40 anos mais
destacadas do seu país. Foi galardoada com o Prêmio Anna Seghers pelo livro “Temporada de Furacões” e, em 2020, esteve entre os finalistas do Booker Internacional.
Entre os finalistas do evento, estavam 13 obras: “A História de Roma”, de Joana Bértholo ; “A Vida Airada de Dom Perdigote”, de Paulo Moreiras ; “Apoteose dos Mártires”, de Mário Cláudio ; “As Doenças do Brasil”, de Valter Hugo Mãe ; “Ferry”, de Djaimilia Pereira de Almeida; “Limpa”, de Alia Trabucco Zerán ; “Montevideu”, de Enrique Vila-Matas ; “Caçador de Elefantes Invisíveis”, de Mia Couto ; “Poeta Chileno”, de Alejandro Zambra ; “Quando Éramos Peixes”, de José Gardeazaval; “Suíte Tóquio”, de Giovana Madalosso; e por fim, “Um Cão No Meio do Caminho”, de Isabela Figueiredo.
Outros prémios
O Prémio Literário Correntes d’ Escritas Papelaria Locus foi para o conto “O Piano” de Carlos Cortez Fonseca Matos que concorreu com o pseudónimo de Abélio Carimbo, aluno da Escola Secundária José Gomes Ferreira (Lisboa).
O Prémio Fundação Dr. Luís Rainha foi para “Porque da Neblina não Caem Lágrimas, de Gisela Cristina Ribeiro da Silva, que concorreu com o pseudónimo de Virgínia do Mar.
Já o Prémio Literário Luís Sepúlveda, destinado a premiar um conto infantil ilustrado elaborado por alunos do 1.º Ciclo, foi para “Vitória, vitória…”, do 4º A da Escola Básica José Manuel Durão Barroso, Armamar. O 2.º lugar foi para “O segredo do Leão”, do 4º ano da Escola Básica de Rates, Póvoa de Varzim e o 3.º para “O Vizinho da Horta”, do 4º CVP da Escola Básica do 1º. Ciclo, Venda do Pinheiro.
Foram ainda atribuídas duas Menções Honrosas para texto a “Uma Amizade Intergaláctica”, do 4º A do Colégio Paulo VI, Gondomar, e “A Sardinha: uma história de vida”, do 4º C da EB Padre Manuel de Castro, S. Mamede Infesta e uma para ilustração a “Um País chamado Igualândia” do 4º B do Colégio Paulo VI, Gondomar.
O Correntes d’Escritas está a decorrer na Póvoa de Varzim até ao próximo dia 26. Este ano, os 50 anos do 25 de Abril e da elevação da Póvoa a cidade darão, este ano, o mote para a 25.ª edição do Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica. Estarão na cidade 120 escritores, de 16 países.
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