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Área Metropolitana do Porto contra a proposta final do parque eólico

A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai votar, hoje, contra a proposta final do parque de eólicas offshore. O presidente da Câmara da Póvoa, Aires Pereira, já tinha dito (ver aqui) que era contra a proposta final, saída da comissão consultiva para a elaboração do Plano de Afetação das Áreas Marítimas para a Exploração de Energias Renováveis (CC-PAER). Agora, os 17 municípios da AMP juntaram-se ao protesto, numa posição conjunta que irá ser levada, hoje, a Lisboa.

“O PAER é um plano definido pelo Governo, com o objetivo atingir uma capacidade instalada de torres eólicas offshore de 10 gigawatt até 2030, mas cuja execução irá condicionar a pesca artesanal no norte do país, colocando em causa a continuidade da atividade dos profissionais do setor”, diz a missiva, assinada pelos 17 municípios da AMP.

Ao longo dos últimos 30 dias, explica ainda, foram apresentadas versões deste mesmo plano, “de forma apressada e mal explicada”, às quais foram apresentadas diversas soluções pela Área Metropolitana do Porto. “Por muito que queiramos estar na vanguarda ao nível da produção de energias renováveis, não podemos nunca aceitar que isso seja feito à custa de um irremediável prejuízo da economia da região nem, muito menos, colocando em causa o futuro de centenas de famílias e de milhares de pessoas cujos rendimentos dependem da pesca”, sublinhou Aires Pereira.

A versão final foi apresentada no sábado e será votada hoje, em Lisboa. Levantando dúvidas quanto à “pressa para analisar, num só fim de semana, um documento extremamente técnico e complexo”, Aires Pereira comunicou que vai participar da votação e dará parecer negativo, em nome dos 17 presidentes de câmara que compõem o conselho metropolitano do Porto, a um plano “cujo impacto negativo para os setores da pesca, hotelaria e turismo ainda está por calcular”.

Os municípios da Póvoa, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Gaia e Espinho subscreveram, com várias associações de pesca locais, uma pronúncia conjunta com soluções “para evitar o pior cenário”, mas, dizem os autarcas da AMP, “infelizmente estas não foram todas consideradas”.

“A Área Metropolitana do Porto não é contra as energias renováveis. Somos contra processos conduzidos em cima do joelho, sem a devida sustentação e sem estudos de impacto ambiental, social e económico que expliquem o porquê de querermos determinadas soluções”, remata ainda Aires Pereira.

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