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Mau cheiro do aterro: Bloco pede satisfações ao governo

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o ministro do Ambiente e da Ação Climática se o governo tem conhecimento dos problemas ambientais que estão a ser causados pelo aterro de Paradela, Barcelos, e de cujo cheiro se queixam - e muito - as populações das freguesias vizinhas, mas já no concelho da Póvoa, de Laundos e de S. Pedro de Rates

Os bloquistas querem ainda que Duarte Cordeiro diga quais as medidas que vão ser tomadas, se tem havido articulação com a “Saúde pública” e quais as diligências que foram concretizadas após as ações de inspeção “levadas a cabo pelas entidades de fiscalização ambiental para mitigar os odores nauseabundos”

A propósito, no documento que entregou no parlamento dirigido ao membro do governo,  o BE recorda que a CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) do Norte verificou os maus cheiros, “em resultado da deficiente cobertura diária dos resíduos e face à grande superfície da frente de trabalho (deposição não coberta)”. Parte dos resíduos estava a ser a depositada “diretamente no aterro sem tratamento e seleção prévia” e havia até um furo de água clandestino, sem licença.

A CCDR/N “instigou a Resulima”- a operadora do aterro – a  “apresentar um plano de ação em 30 dias e 180 dias para resolver os problemas”,  tendo o espaço passado a “funcionar com uma licença provisória que já chegou ao fim”.

A empresa intermunicipal (Resulima) “afirma que fez obras de mitigação dos odores e na cobertura dos odores”, contudo, regista o bloco,  “os odores agravaram-se e a população das freguesias contíguas ao aterro queixa-se dos impactos negativos no seu bem-estar. Esta situação levou a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim a avançar judicialmente para encerrar o aterro em Paradela, Barcelos”.

Esta posição dos bloquistas surge na sequência do protesto de moradores realizados  ontem de que falámos na Onda Viva (recorde aqui) assim como da opinião do presidente da Câmara de Barcelos (aqui)

Refira-se que o aterro custou quase 30 milhões de euros e é gerido pela Resulima, uma sociedade que tem como acionistas as câmaras de Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende,  Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo (detêm 49% do capital) e a Empresa Geral do Fomento (51%).

VianaCar

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