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Naufrágio com 4 mortos: já há relatório sobre causas possíveis

Más decisões tomadas pelo mestre, mas também o possível assoreamento da barra são dois dos fatores apontados pelo Gabinete de Prevenção e Investigação a Acidentes Marítimos, um organismo na dependência do Governo, para a ocorrência do naufrágio, há quase um ano (25 de Outubro), da embarcação “Jesus dos Navegantes” que provocou a morte a quatro pescadores. O barco, matriculado na Póvoa de Varzim, procurava sair da barra da Figueira da Foz, depois de oito dias sem ir à faina, quando foi apanhado por duas vagas consecutivas, de dimensões acima da média, que provocaram o naufrágio.  Ora, lê-se no relatório do tal gabinete e que foi homologado na segunda-feira, que o mestre terá tido – e passo a citar - uma “deficiente avaliação das condições do mar”, “não aproando à vaga mais cedo, como seria expetável e recomendável”, fim de citação. A “urgência” em sair para a faina pode, admitem os autores do relatório, “ter motivado um conjunto de ações precipitadas e/ou incorretas”, sobre o rumo adotado, mas, por outro lado, encontra-se no relatório a justificação de que o mestre terá optado por um quadrante com maior profundidade para encontrar melhor ondulação. E, de facto, assume-se no relatório, houve “a possibilidade de existência de fundos com acumulação ‘móvel’ de sedimentos e que influenciaram a formação de vagas naquele preciso local”, ou seja, no ponto em que o barco sofreu o embate das ondas. O Gabinete de Prevenção e Investigação a Acidentes Marítimos aconselha até, face às conclusões do relatório, que o capitão do porto da Figueira da Foz deve proibir a navegação no quadrante seguido pelo “Jesus dos Navegantes”.Finalmente, o documento acrescenta que o facto de nenhum dos oito tripulantes envergar o colete salva-vidas “pode ter contribuído para que existissem vítimas mortais”.

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