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Processo origina diferendo entre vereador do PSD e coordenador da IL

Marco Barbosa, atual vereador do PSD na Câmara da Póvoa de Varzim, apresentou uma participação ao Ministério Público contra Ricardo Zamith, antigo vereador do mesmo partido no mandato anterior. Na origem estarão mensagens recebidas no telemóvel, através da plataforma WhatsApp, em quatro diferentes dias do mês passado, conforme comunicou no final da última reunião do executivo: “O conteúdo altamente atentatório obriga-me a tomar as devidas diligências. O teor e o tom ameaçador revela-se completamente inadmissível pelo caráter injurioso que lhe está subjacente e pelas graves insinuações que colocam em causa o meu bom nome e honra. Isto traduz-se em abuso de confiança assente numa postura de ameaça (ex: “é o último aviso que te faço a bem”), coação e constrangimento ilegítimo da minha ação enquanto Vereador da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Importa referir que o processo urbanístico (751/20) que motivou estas mensagens – as quais nunca mereceram resposta da minha parte – seguiu toda a tramitação normal. As questões levantadas decorreram, apenas e só, da necessidade de correção de uma desconformidade na rede de águas pluviais (colocação dos tubos de queda). Posto isto, mal obtive a confirmação de conformidade por parte do respetivo setor, foi de imediato emitido o alvará requerido. A matéria indicia a prática dos crimes de injúria e coação agravada e fiz participação dos mesmos ao Ministério Público, tendo em vista a instauração do procedimento legal adequado”.

A Onda Viva confrontou o visado, tendo o atual coordenador da Iniciativa Liberal na Póvoa de Varzim, alegado surpresa por ser ele que se sente lesado e admitido uma eventual motivação política: “Fiquei muito surpreendido. Na IL fizemos uma queixa relativamente ao Munícipio por causa de alguns contratos que consideramos estarem ilegais. Fizemos uma participação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Não quero acreditar que seja uma retaliação. É profundamente lamentável misturar a política e o combate democrático da oposição com ataques pessoais e à minha empresa. O vereador só referiu uma frase porque não há mais que isso. Pensava que tinhamos uma relação profissional e ele está lá para resolver os problemas dos munícipes. Pergunto-lhe se existe algum problema com o processo e ele não respondeu. Tentei resolver a bem, ou seja, não fazendo queixa dele ao MP, que seria o passo seguinte. Ele tinha o alvará bloqueado há mais de 10 dias com uma vistoria fantasma e inventada por faltar um tubo. Passaram-se coisas estranhas e lamento que peguem numa frase, que nem é sequer uma ameaça, mas sim um pedido para resolver uma questão que ultrapassava os prazos legais.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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