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Omissão do Governo gera desagrado em Vila do Conde

O Curtas de Vila do Conde que organiza o conhecido festival de cinema é uma das entidades que subscreveram uma carta aberta ao primeiro-ministro a criticar a ausência de propostas relativamente ao investimento na Cultura, no Plano de Recuperação e Resiliência s apresentar em Bruxelas, após a consulta pública que termina hoje (ainda pode deixar a sua opinião por aqui). Pode ler-se na carta assinada  por 45 entidades e personalidades: “Este Plano é reconhecido transversalmente como uma oportunidade de intervir de forma estruturante na definição da vida do país nos próximos anos: corrigindo assimetrias que bloqueiam o seu desenvolvimento e tornando-o mais competitivo, enfrentando fragilidades históricas nos vários sectores da vida nacional, promovendo a resiliência”.  No entender dos subscritores, “A omissão da Cultura neste plano a médio prazo terá consequências económicas, sociais e políticas de larga escala. Numa época em que a coesão democrática é um tema de preocupação transversal, parece-nos um erro grave que o nosso Governo opte por não investir no futuro de um sector tão fundamental para essa coesão.” E por isso questionam: “A que se deve esta ausência? Está este Governo, e o seu Primeiro-Ministro, a assumir que não vê na Cultura um motor fundamental de desenvolvimento e coesão nacional? Significa esta decisão uma desresponsabilização do Governo relativamente a este sector tão vasto, diverso e que gera um inegável valor? É sabido, e assumido pelo seu Governo, que a Cultura tem sofrido de crónico subfinanciamento, precariedade e falta de investimento estrutural.” “É também conhecida a assimetria no acesso aos bens culturais e às infra-estruturas entre as diferentes regiões do país. Estas fragilidades históricas serão agravadas, e a recuperação e resiliência deste sector estão ameaçadas. Como pode este Governo, e o Senhor Primeiro-Ministro, querer perder esta oportunidade?”,  lê-se no documento que tem as assinaturas, por exemplo, Camané, Carlos Vaz Marques, Maria do Céu Guerra, Miguel Lobo Antunes, Pilar del Río e Sérgio Godinho e entidades culturais como a Agência da Curta-Metragem, APORDOC – Associação pelo Documentário, APR – Associação Portuguesa de Realizadores, Casa da Animação, DocLisboa, Monstra, IndieLisboa, Portugal Film e Queer Lisboa, entre outras.

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