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Sobreviventes relatam pormenores do naufrágio

Começam a ser ouvidos esta quinta-feira os sete sobreviventes do naufrágio do barco que se afundou ao largo das Astúrias, em Espanha. Os depoimentos dos dois portugueses (Bernardino Bicho e Sebastião Maciel) e cinco espanhóis poderão ser recolhido no nosso país ou em Espanha. O inquérito deverá apurar as causas do naufrágio do “Mar Nosso”, arrastão de bandeira portuguesa, mas com armador espanhol. Num primeiro interrogatório, citado pela imprensa de Espanha, os pescadores reportaram um “deslizamento de carga” aliado a uma “inesperada” vaga de mar, que fez o barco virar. José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, chegou a admitir que a carga excessiva pudesse ser uma das razões do acidente. Os pescadores não usavam coletes. O arrastão está afundado a 170 metros de profundidade. As buscas prosseguem para encontrar os dois pescadores ainda desaparecidos: Francisco Santos e Manuel Carinhas, ambos das Caxinas.

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