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Beata e revolução cruzam-se na memória de herói poveiro

Há  uma década  que as  celebrações da beatificação de Alexandrina de Balazar, ocorrida a 25 de Abril de 2004, têm um duplo sentido para José Alves Costa, o cabo apontador de Balazar, que na manhã do dia da revolução dos cravos,  no Terreiro do Paço, em Lisboa,  incumbido da  missão de defender o regime de Marcelo Caetano, ignorou  as ordens dadas por um  brigadeiro  para abrir fogo  contra a coluna de Salgueiro Maia,  que  tinha vindo de Santarém para  acabar com  a ditadura que governava Portugal há quase meio século. Esse duplo sentido justifica-se porque  José Alves Costa é um grande devoto da beata Alexandrina, a cujas celebrações nunca falha,  na terra que não celebra o 25 abril oficialmente. José Alves Costa conheceu em vida  a beata Alexandrina, que passou a ocupar um lugar muito importante na sua vida, tão importante que,  numa quase manifestação velada de fé, ele dá entender que terá influenciado a  sua não ida para a guerra do Ultramar. Em entrevista à Onda Viva o cabo confessou que fez um pedido “de boa sorte” aos poderes divinos,  suportado pela enorme fé que tem em Alexandrina de Balazar. A entrevista a José Alves Costa  encontra-se disponível na Onda Viva TV, no Meo Kanal, carregando no  botão verde do comando, e marcando a sequência 15 15 30. Ou então vá a www.radioondaviva.pt

As declarações podem ser ouvidas clicando na edição local das 12 horas.

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