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"Se desse fogo ia destruir a minha pátria"

Já lhe demos conta do herói poveiro no  25 de Abril de 1974 e as memórias desse dia na voz de José Alves Costa, o cabo apontador natural de Balazar, que  chegou ao Terreiro do Paço dentro de um blindado no dia 25 de Abril de 1974  para defender o regime de Marcelo Caetano e  desobedeceu às ordens de um brigadeiro  para abrir fogo contra a coluna de Salgueiro Maia - que tinha vindo de Santarém para ocupar o derrubar a ditadura que já durava há 48 ano. Depois da publicação do livro "Os Rapazes dos Tanques", de Alfredo Cunha e Adelino Gomes, José Alves Costa recebeu a Onda Viva na sua casa e contou “o momento” .  E porque  razão não disparou contra a coluna de Salgueiro maia? José Alves Costa, que confessa que sentiu muito medo, explica que não sabia o que se  estava a passar, e revela que sempre foi  um pacifista. E há mais um motivo para o cabo de Balazar não ter aberto fogo naquele dia um motivo que assenta no juramento de bandeira, do qual José Alves Costa tem uma leitura singular. “Quando jurei bandeira,  jurei defender a pátria, não foi destruir; se desse fogo ia destruir a minha pátria”, disse á nossa reportagem. Depois do momento de grande tensão, passado uma hora, José Alves Costa saiu do carro de combate e verificou que o ambiente estava calmo. Nesta entrevista á Onda Viva, o cabo Costa  garante que nunca passou para o lado dos revoltosos. O antigo militar diz que na altura não teve consciência de que o país estaria em vias de passar de uma ditadura para um regime democrático. Já pode ver na íntegra na Onda Viva TV  a entrevista  concedida pelo  antigo cabo atirador de Balazar, que não obedeceu  às ordens de abrir fogo contra a coluna de Salgueiro Maia, que hamou ao gesto do cabo de Balazar  “a insubordinacão mais bela do 25 de Abril”. José Alves Costa, é reformado,  reside em Balazar, terra onde nasceu em 1951. Tem quatro filhos e quatro netos.

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