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Bombeiros a arder na Póvoa: presidente ataca comandante

Bombeiros a arder na Póvoa: presidente ataca comandanteO presidente da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim lamenta que a comandante tenha tornado pública a sua carta de demissão. Diz que Ilda Cadilhe quer criar um caso e perturbar a paz e a serenidade que se quer num corpo de bombeiros que presta um importante serviço à população.

Rui Coelho diz que a Associação tem um orçamento de 1,4 milhões de euros, tem 51 funcionários e, em termos de gestão, há que ser muito rigoroso e fazer escolhas. Do ponto de vista operacional, frisa, nada o move contra a comandante e o 2.º comandante, Carlos Cadilhe, também ele demissionário, e explica que as demissões se devem a problemas de relacionamento. O presidente dos Bombeiros recusa ainda comentar as acusações de “tratamento autoritário e desrespeitoso” e “tom grosseiro” de que o acusa Ilda Cadilhe.

Numa conferência de imprensa, em que se rodeou de dois elementos da direção – o tesoureiro Jorge Fernandes e o secretário da Assembleia-geral Álvaro Capela -, Rui Coelho lamenta que se tente deturpar a realidade e dá exemplos: não poder sair com os carros dos bombeiros sem pedir autorização, significa não poder usar os carros da corporação para ir a casamentos ou dar formação a título particular, como aconteceu com o 2.º comandante. E o facebook? Havia, diz Rui Coelho, exposição a mais da corporação e até uma tentativa dos dois elementos do comando de tirar louros de coisas para as quais nada fizeram, como recentemente aconteceu com uma viatura atribuída à corporação pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Quanto à falta de fardamentos, Rui Coelho explica que nos últimos três anos já foram investidos 48.600 euros em fardas. O que falta, diz, são fardas n.º 3 e não equipamentos de proteção individual, que até há quem tenha a dobrar. A falta de uma televisão na sala de convívio leva-o a dizer que Ilda Cadilhe podia ter comprado uma em vez do drone que ofereceu à instituição.

Rui Coelho diz ainda que a direção travou ainda a tentativa de Ilda Cadilhe de fazer dos bombeiros uma “monarquia”. A comandante queria nomear para adjunto do comando o marido, depois de já ter o irmão como n.º 2. A direção não deixou. Terá sido este, entende o presidente dos Bombeiros, um dos motivos do “mau relacionamento” de que fala a comandante. Rui Coelho critica ainda o “timing” para a apresentação da demissão, que poderia ter sido adiada para o final do Verão e considera triste, lamentável e até de “falta de coragem”  que a comandante não tenha estado presente, ontem à noite, na reunião de direção. É, diz Coelho, um ato de “atira a pedra e esconde a mão”.

Ilda e Carlos Cadilhe saem a 28 de agosto. Interinamente deverá ser ou António Nova ou Pedro Nascimento a assumir o comando até que a direção escolha o novo comandante.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.

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