Novo ponto cultural na Póvoa
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em segunda-feira, 07 março 2016 09:55
- Escrito por: Ângelo Marques
A Câmara da Póvoa quer transformar a casa onde nasceu, viveu e morreu João Francisco Marques num Centro de Investigação da Parenética Portuguesa. Ontem, precisamente um ano depois da sua morte, a autarquia homenageou o historiador e professor universitário, descerrando uma placa na sua casa, no n.º 59 da Rua dos Ferreiros e editando, a título póstumo, o 4.º volume da “Obra Selecta” que o também pároco deixou pronto. O presidente da Câmara da Póvoa, Aires Pereira, diz que é preciso dar continuidade à reedição de trabalhos de investigação de João Francisco Marques, bem como outros que, por modéstia, não editou. Neste sentido, afirmou o autarca, a Câmara quer, agora, transformar a casa do historiador num Centro de Investigação da Parenética Portuguesa, que possa integrar, no futuro, um roteiro dos locais de vida e de trabalho dos muitos escritores ligados à Póvoa. Lídio Marques, o irmão do padre João Marques, diz que aquela casa é uma autêntica biblioteca, a quem hoje falta o interlocutor. José Eduardo Franco, professor, investigar e amigo de João Marques, explicou que o poveiro recolheu, durante décadas, imenso material sobre a parenética, ou seja, a oratória imprensa, ou simplesmente os sermões que foram um veículo de informação. Falavam de ciência, dos acontecimentos presentes e até criticavam a política. João Marques recolheu esses textos editados que tencionava publicar num Dicionário Biobibliográfico da Parenética em Portugal, que não chegou a concluir, mas deixou “prontos os alicerces” da obra. Quanto à “Obra Selecta” que, com João Marques, organizou, Eduardo Franco disse que o livro é, no fundo, uma seleção dos muitos textos que o professor e historiador publicou ao longo de décadas. Tendo como tema central a relação entre política, religião e sociedade, estudou desde os confessores régios às questões da palestina. Lídio Marques agradeceu o investimento da Câmara no livro e num curto discurso emocionado, lembrou que o irmão, um acérrimo poveiro. era um homem profundamente religioso, dono de uma generosidade imensa.
As declarações podem ser ouvidas na edição local.
by WebFarol