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Correntes entregou prémios e quer Presidente da República na próxima edição

Há poveiros entre os premiados do Correntes d’Escritas. Nuno Filipe Santos Silva de Azevedo, um jovem de 25 anos, natural de Amorim, venceu o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas, com o trabalho “Ardentia”. Atualmente a fazer mestrado em Literatura Portuguesa, o jovem concorreu, pela primeira vez, ao prémio que distingue trabalhos sobre a Póvoa. No pequeno livro há um poema sobre o prédio de 28 andares, um sobre um arrumador de carros e até os skaters tiveram direito a verso. O jovem ganhou mil euros e concorreu com o pseudónimo Carlos Pessanha.

No Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas Porto Editora, “Maria Trigueirinha”, do 4º A (na fotografia), da Escola EB1 de Cadilhe recebeu uma menção honrosa pelas ilustrações. A coordenadora Elisabete Galiza não escondeu o orgulho por ver, pela terceira vez, a escola de Amorim distinguida no concurso. A pequena Maria João Souto, de 9 anos, explicou como nasceu o conto, feito por todos os alunos da turma.

No mais alto palmarés, o Prémio Literário Casino da Póvoa foi entregue a Javier Cercas pelo romance “As leis da fronteira”. O escritor espanhol esteve no fecho do Correntes d’Escritas. Elogiou o encontro de escritores poveiro, que diz ter “um ambiente muito agradável”, um público muito entusiasta e uma “familiaridade” rara. À Onda Viva, contou ainda um pouco da história do livro que é, diz, sobretudo, uma história de amor.

No fecho de mais uma edição, o presidente da Câmara congratulou-se por ver que, ao fim de 17 anos, o Encontro ainda continua a crescer. Este ano, mesas como a de sábado à tarde com Luís Sepúlveda e Onésimo Teutónio de Almeida ou a de 4ª feira a noite com o “Governo Sombra”, lotaram por completo o Garrett e formaram, na rua, longas filas. Mais uma vez, diz Aires Pereira, o espaço tornou-se pequeno para os muitos que gostam do livro e do contacto próximo com os escritores que o Correntes permite.

Depois da distinção do Ministério da Cultura à “mãe” do Correntes, Manuela Ribeiro, Marcelo Rebelo de Sousa, que em 2008 abriu o Encontro, mandou uma mensagem de parabéns à organização. Aires Pereira espera que, em 2017, quando o Correntes completar 18 anos, o Presidente da República possa estar presente. Seria, diz, “o merecido reconhecimento”.

Foram cinco dias de debates, exposições, lançamentos de livros, idas de escritores às escolas e viagens literárias. Na Póvoa estiveram 80 escritores de 11 países e pelo Garrett passaram mais de 10 mil espectadores.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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