Alunos acusam professor de agressões na sala de aula
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quinta-feira, 28 janeiro 2016 08:20
- Escrito por: Ângelo Marques
Sete alunos do 7.º ano da Escola Secundária Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, dizem ter sido agredidos pelo professor de Física e Química ao longo das últimas semanas. A escola instaurou um processo disciplinar ao docente, comunicou o caso à Inspeção-geral da Educação e Ciência e retirou a turma ao docente. A mãe de um dos menores e formalizou uma queixa na esquadra da PSP e contou o caso à Onda Viva embora solicitando anonimato, alegando não querer expor publicamente a identidade do filho que tem 12 anos de idade. Nestes termos disse que o filho saiu da escola “com a testa muito vermelha” e depois de alguma insistência o menor acabou por revelar que era “uso e costume” o professor bater nos alunos e que, naquele dia, tinha sido a vez dele. Explicou ainda que o docente o havia agredido com “várias e fortes bofetadas “e que, no final da aula, juntaram-se sete alunos, todos já alegadamente vítimas de agressão por parte do professor, e foram apresentar queixa ao diretor da escola. A mãe assegura que as marcas eram bem visíveis no rosto e levou o filho ao hospital. Tirou-lhe fotografias e apresentou então uma queixa à Polícia de Segurança Pública, justificando que quer ver o professor punido “para que não volte a fazer o mesmo a mais nenhuma criança”. O diretor da Escola Secundária Rocha Peixoto, Albertino Cadilhe, confirmou à Onda Viva ter recebido os sete alunos e adiantou que a Escola seguiu os trâmites legais: instaurou um processo disciplinar ao docente para apuramento dos factos e comunicou a ocorrência à tutela. Nos próximos dias devem ser ouvidos todos os alunos presentes na sala. Sem fazer juízos de valor sobre o caso em concreto, Albertino Cadilhe diz que, em 30 anos à frente da Secundária Rocha Peixoto - atualmente com 1663 alunos - esta foi a primeira vez que lhe deparou algo semelhante. Enquanto a situação não é esclarecida o professor em causa continua a trabalhar na escola, onde chegou somente este ano,mas, como “medida cautelar” e para preservar “o bom, ambiente de trabalho”, a direção entendeu retirar-lhe a turma dos alunos queixosos, que passarão, já a partir de amanhã, a ter um novo docente a Física e Química. A confirmarem-se as agressões, como adianta o Jornal de Notícias, haverá direito a uma pena superior à advertência pelo que o caso será decidido pela Direcção Geral de Educação ou até pelo próprio secretário de estado da Educação. Até agora, não foi possível recolher a versão do professor.
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