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Alunos acusam professor de agressões na sala de aula

Sete alunos do 7.º ano da Escola Secundária Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, dizem ter sido agredidos pelo professor de Física e Química ao longo das últimas semanas. A escola instaurou um processo disciplinar ao docente, comunicou o caso à Inspeção-geral da Educação e Ciência e retirou a turma ao docente. A mãe de um dos menores e formalizou uma queixa na esquadra da PSP e contou o caso à Onda Viva embora solicitando anonimato, alegando não querer expor publicamente a identidade do filho que tem 12 anos de idade. Nestes termos disse que o filho saiu da escola “com a testa muito vermelha” e depois de alguma insistência o menor acabou por revelar que era “uso e costume” o professor bater nos alunos e que, naquele dia, tinha sido a vez dele. Explicou ainda que o docente o havia agredido com “várias e fortes bofetadas “e que,  no final da aula, juntaram-se sete alunos, todos já alegadamente vítimas de agressão por parte do professor, e foram apresentar queixa ao diretor da escola. A mãe assegura que as marcas eram bem visíveis no rosto e levou o filho ao hospital. Tirou-lhe fotografias e apresentou então uma queixa à Polícia de Segurança Pública, justificando que quer ver o professor punido  “para que não volte a fazer o mesmo a mais nenhuma criança”. O diretor da Escola Secundária Rocha Peixoto, Albertino Cadilhe, confirmou à Onda Viva ter recebido os sete alunos e adiantou que a Escola seguiu os trâmites legais: instaurou um processo disciplinar ao docente para apuramento dos factos e comunicou a ocorrência à tutela. Nos próximos dias devem ser ouvidos todos os alunos presentes na sala. Sem fazer juízos de valor sobre o caso em concreto, Albertino Cadilhe diz que, em 30 anos à frente da Secundária Rocha Peixoto - atualmente com 1663 alunos - esta foi a primeira vez que lhe deparou algo semelhante. Enquanto a situação não é esclarecida o professor em causa continua a trabalhar na escola, onde chegou somente este ano,mas, como “medida cautelar” e para preservar “o bom, ambiente de trabalho”, a direção entendeu retirar-lhe a turma dos alunos queixosos, que passarão, já a partir de amanhã, a ter um novo docente a Física e Química. A confirmarem-se as agressões, como adianta o Jornal de Notícias, haverá direito  a uma pena superior à advertência pelo que o caso será decidido pela Direcção Geral de Educação ou até pelo próprio secretário de estado da Educação. Até agora, não foi possível recolher a versão do professor.

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