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Juntas denunciam burla de 300 mil €, empresário acusa juntas de difamação

As Uniões de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso e da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai queixam-se de tentativa de burla por parte da empresa Websys Consulting Lda. A alegada burla terá lesado as duas juntas em quase 300 mil euros. Por seu lado, a Websys Consulting Lda. esteve na última Assembleia de Freguesia de Aver-o-Mar e acusa, agora, as duas juntas poveiras - e uma outra de Moreira da Maia - de difamação e associação criminosa e, no caso concreto dos presidentes de Junta e Assembleia de Freguesia de Aver-o-Mar, Carlos Maçães e Ricardo Maçães, de injúrias, coação e ameaça de morte.

Em causa está a prestação de serviços de consultoria, o fornecimento de equipamentos e o acompanhamento, consultoria e gestão interna das operações ON.2/QREN (fundos comunitários). Em ambos os casos, diz a Websys, serviços e material foram fornecedidos entre 2009 e Dezembro de 2015.

No caso da Póvoa o montante reclamado é de 145.346,17 euros e, no caso de Aver-o-Mar, 145.597,11.

A 11 de Novembro, a Websys deu entrada de um processo de execução no Tribunal do Porto. Diz que as duas juntas, “apesar de terem sido ressarcidas de todo o investimento comunitário efectuado, continuam a não liquidar o trabalho efectivamente realizado e concluído com sucesso”. As duas juntas, por seu lado, afirmam, em comunicado (ver anexo), terem sido alvo de tentativa de burla e acusam a empresa de ter emitido faturas falsas e forjado documentos e assinaturas dos dois presidentes de junta, respetivamente Daniel Bernardo e Carlos Maçães e já denunciaram o caso à Polícia Judiciária do Porto, acusando a Websys de burla qualificada, falsificação de documentos e abuso de confiança e fraude fiscais.

Agora, o sócio-gerente da Websys Consulting Lda., Gui de Aragão Fonseca Reis, gravou as declarações de Carlos Maçães na última Assembleia de Freguesia e intentou novo processo, desta feita por injúrias, coação e ameaça de morte. Na intervenção, Carlos Maçães acusa-o – e passo a citar - de “querer vigalizar a Junta” e de ter “forjado faturas” e “assinaturas” e terminou dizendo que o caso está entregue à Judiciária e, diretamente para Gui Reis, afirmou ainda: “estou admirado do senhor ainda estar cá fora”.

A PSP acabou por ser chamada ao local, depois de três elementos da Junta terem, de acordo com Gui Reis, obrigado o sócio-gerente da Websys a sair da sessão, sob ameaça de morte.

Contactado pela Rádio Onda Viva, Carlos Maçães preferiu não tecer mais nenhum comentário sobre o caso que, explica, está entregue à polícia. Daniel Bernardo também não se quis pronunciar e remeteu para o comunicado conjunto assinado pelas duas juntas de freguesia.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.

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