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Pescadores sem trabalho e sem dinheiro

Os tripulantes da pesca do cerco, sobretudo da sardinha, podem ver o acesso complicado a novas ajudas financeiras. Quase toda a frota está parada porque esgotou a quota da sardinha e com o final dos apoios financeiros os pescadores tiveram de recorrer ao subsídio de desemprego desligando-se das embarcações, ou seja do chamado rol da matrícula. Mas isso pode levantar problemas, se o Governo atual cumprir a promessa do anterior e arranjar as compensações para o início do ano, através de verbas da Europa no programa 2020.É que, para receber esse dinheiro os pescadores precisam de comprovar que estão associados aos barcos parados o que, entretanto, deixou de suceder. Aliás, o Jornal de Noticias de hoje contabiliza que 2500 pescadores podem viver o Natal sem quaisquer rendimentos. O presidente da Apropesca- Organização de Produtores de Pesca Artesanal, com sede na Póvoa de Varzim, esteve reunido com a ministra do Mar e chamou a atenção de Ana Paula Vitorino para o problema que pode afectar quem tem menos rendimentos. Carlos Cruz espera que, se forem asseguradas compensações à paragem, não surjam depois problemas burocráticos que impeçam os tripulantes da frota do cerco de acederem a essas verbas. Na conversa com a ministra, na passada sexta-feira, foi também falada a previsão da quota de pesca de sardinha para o próximo ano e os dados em cima da mesa não são favoráveis para a frota nacional tendo em conta a proposta do Conselho Internacional para a Exploração dos Mares para ser aplicada uma redução nas capturas. Carlos Cruz diz que a ministra do Mar garante que ainda não há uma decisão sobre a sardinha e, até por esse compasso de espera, Ana Paula Vitorino vai tendo a confiança das associações da pesca do cerco.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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