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Chegaram as notícias que os pescadores não queriam ouvir

Se for aplicada a proposta do ministério do Mar, no próximo ano, os pescadores só vão poder capturar 9 mil toneladas de sardinha ou seja, menos 4500 toneladas do que  foi permitido este ano.Mas há mais uma desilusão para a frota: os apoios à paragem dos barcos vão terminar na próxima segunda-feira (dia 30 de Novembro) e não há mais dinheiro.Tudo isto foi falado ontem numa reunião das organizações de armadores com a Direção-geral das Pescas. Sobre a questão da quota disponível para 2016, a proposta do Governo baseada no parecer do Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (ICES) merece um claro “não” dos pescadores.Carlos Cruz, o presidente da Apropesca- Organização de Produtores de Pesca Artesanal, que representa os 12 barcos da pesca do cerco registados na Póvoa e em Vila do Conde, diz que todas as associações vão agora ouvir os armadores  para decidir o que fazer. Este ano, recorde-se, a pesca da sardinha começou em Abril e, mesmo com 13500 toneladas pela frente a quota terminou em Setembro. Agora, parados e sem apoios até Abril e só com 9 mil toneladas para pescar, o cenário é de poderem ir à faina  durante somente quatro meses  em todo o ano. Carlos Cruz é peremptório: “não há condições para trabalhar”. Mas da reunião de ontem  veio ainda a notícia de que não haverá apoios à paragem a partir de 30 de Novembro. A Ministra do Mar, Assunção Cristas, tinha prometido aos pescadores do cerco apoios financeiros para que houvesse uma paragem em Dezembro e Janeiro ao abrigo do novo quadro comunitário de apoio, o Programa “2020”, mas, afinal, avança Carlos Cruz, “ficou tudo sem efeito”. Estima-se que  na Póvoa e em Vila do Conde existam cerca de mil pessoas a trabalhar diretamente na pesca da sardinha, em barcos da Apropesca e da Propeixe (Matosinhos).O Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (ICES) em Julho recomendou, para 2016, uma redução da quota ibérica para as 1587 toneladas. Este ano, a quota ibérica ficou-se pelas 19 mil toneladas, 13500 das quais para Portugal

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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