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Morte de jovem: colega de trabalho diz que André foi "traído" por máquina

No dia do funeral André Macedo (na foto), um dos colegas de fábrica do jovem com 25 anos, faz questão de contar à Rádio Onda Viva a sua versão do que sucedeu na tinturaria Iberodye em Macieira, Vila do Conde. Ildebrando Silva afirma que o amigo, apesar das dores e da aflição por ter 70 por cento do corpo com queimaduras de 1.º e 2.º grau, ainda conseguiu contar-lhe que uma máquina tinha dado a indicação de estar vazia e com falta de pressão. André Macedo terá tentado solucionar o problema e foi “traído” pela máquina. Ildebrando Silva, também com 25 anos, há mais de sete que trabalhava com André Macedo, na Iberodye que, há três anos, ocupa as instalações da Condytinge. Ao contrário do que a empresa contou à Onda Viva, Ildebrando Silva diz que no tanque de tingimento de fio, para além de água, havia soda cáustica e água oxigenada de 200 volumes, tudo a uma temperatura de 110 graus. Ildebrando Silva confirmou ter sido questionado sobre o que se passou, mas ao contrário do que foi dito pela gerência à Onda Viva, os “representantes da empresa” adiantaram-lhe que a videovigilância não tinha conseguido apanhar o acidente.Todavia, não foi chamado por ninguém da Inspeção-geral do Trabalho para prestar declarações. Ildebrando Silva acompanhou o amigo na ambulância, mas depois foi obrigado a sair para facilitar o trabalho da equipa médica que diz ter feito tudo o que podiam por André Macedo. Ildebrando Silva quis deixar uma mensagem de força à família e amigos de André Macedo que hoje fica sepultado em Touguinha, Vila do Conde. Na altura do acidente, o gerente da empresa garantiu à reportagem da Onda Viva que os procedimentos de segurança foram todos cumpridos e, por isso, não encontrava explicação para a atitude de André Macedo em abrir a máquina que causou as queimaduras.

As declarações podem ser ouvidas na edição local da manhã.

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