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Tribunal: peritos concordam com mestre do "Jesus dos Navegantes"

O mestre da embarcação "Jesus dos Navegantes" defendeu ontem em tribunal que se ele e os tripulantes tivessem envergado os coletes salva-vidas ninguém teria escapado no naufrágio da embarcação à saída da barra da Figueira do Foz. Francisco Fortunato está no tribunal de Coimbra a ser acusado, pelo Ministério Público, da prática de quatro crimes de homicídio por negligência tantos quantos as mortes no naufrágio. Salvou-se ele e mais três pescadores se bem que um dos tripulantes acabou por morrer no hospital. O mestre disse que a tripulação ficou presa debaixo do barco e, com os coletes, não conseguiria sair dada a pressão da água contra o casco. A sessão de ontem ficou marcada pela audição de dois peritos. Um piloto de barra (profissional que faz assessoria técnica para manobras de entrada e saída), ouvido como perito, considerou que o trajeto feito pela embarcação é "o procedimento normal", ao tentar "ganhar águas mais fundas", que têm menos ondulação. O perito disse "os pescadores não são incentivados a usar o colete, porque se o barco virar, o colete não ajuda". Já outro perito também ouvido pelo Tribunal de Coimbra salientou que os coletes de salvamento "podem ser desaconselháveis dentro do barco, mas no exterior o colete seria sempre uma mais-valia".

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