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O melhor e o pior do mandato de Elisa Ferraz

Num balanço dos primeiros dois anos de mandato de Elisa Ferraz na Câmara de Vila do Conde, PSD, CDS-PP e CDU não poupam críticas à maioria PS. Luís Vilela, do PSD, diz que a Câmara só faz “obrinhas para encher o olho”. O município tem uma tesouraria mais desafogada, é verdade, mas isso é porque não faz obras, nem investimentos, acrescentou o porta-voz da bancada social-democrata na Assembleia Municipal. Afonso Ferreira, do CDS-PP, vê no balanço mais pontos negativos do que positivos. O centrista diz que falta, sobretudo, “uma visão estratégica de conjunto”, que defina as orientações do concelho dentro de 5 ou 10 anos e quais as áreas a apostar.  A “manchar” o mandato de Elisa Ferraz, acrescenta Afonso Ferreira, ficarão projetos falhados como as das Biconde ou do Mercado Municipal e a polémica do prédio em construção ao lado da Igreja das Caxinas. Perderam-se ainda boas oportunidades de candidatura a fundos comunitários ou de dotar o município de viaturas mais amigas do ambiente, disse. Pedro Martins, da CDU, considera que o potencial do concelho está longe de ser atingido e continuam as assimetrias gritantes entre a cidade e as freguesias. A somar a isso, há uma Câmara autista, sem vontade de ouvir as pessoas da terra ou a oposição. É, afirma o comunista, uma “gestão do dia-a-dia”, “refém do tremendo passivo” deixado por 40 anos de governação Mário Almeida. Elisa Ferraz defende-se e diz: “A obra está à vista”. Não foram obras de grande envergadura, mas muito foi feito na rede viária e no parque escolar, onde há intervenções em curso em quase todas as freguesias. A par com isso, há ainda a obra do Mercado Municipal e as que, em breve, irão começar no Bairro da Câmara. A autarca está “orgulhosa” com o trabalho feito e lembra ainda que o esforço para pôr as contas em dia permitiu, por exemplo, aprovar a baixa de 10% no IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para 2016.

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