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Há alunos sem livros por causa do preço e das mudanças dos manuais

O gasto na compra de livros escolares tem atrapalhado a vida a muitos poveiros como ficou comprovado num recente programa Praça do Almada, da Rádio Onda Viva. O “Banco de Troca de Livros Escolares” teve dificuldade em corresponder a todos os pedidos já que, mais uma vez, houve a mudança dos manuais exigidos pelo ministério para os diversos anos de escolaridade. Por exemplo, no banco gerido pela Associação de Pais da Escola Secundária Eça de Queirós houve falta de livros para dar aos encarregados de educação o que deixou frustrada Carla Pereira, da organização. Esta dirigente explicou que os manuais que não puderam ser reutilizados foram enviados para o projeto de reciclagem que atribui verbas ao Banco Alimentar. A escassez de livros verificada no banco da Secundária acabou por ter efeitos na Escola Cego Maio como contou Alberto Ribeiro da associação de pais de um estabelecimento de ensino em que 60 por cento dos alunos são subsidiados. E revelou que, mesmo assim, há alunos sem todos os livros. Os pais vão comprando à medida da disponibilidade financeira. Quem tem baixos rendimentos ainda consegue apoios, mas quem ganhe salários muitos baixos não recebe ajudas nem lhe sobra dinheiro no final do mês. As carências económicas dos alunos verificam-se também na Secundária Rocha Peixoto, mas Rui Coelho, da direção, diz que a escola atenta aos estudantes. Alfredo Costa, proprietário da papelaria Locus revelou que o gasto em livros para os pais com dois filhos a estudar pode ultrapassar o valor de um salário mínimo. Pode recordar todos os programas Praça do Almada na secção podcast da nossa página na Internet.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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