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Produtores de leite esperançados na subida do preço do leite

Os produtores de leite querem “um preço justo, capaz de cobrir os custos de produção”. Hoje, a aguardar com expectativa os resultados do conselho de ministros da Agricultura, a decorrer em Bruxelas, reuniram-se numa exploração em Touguinhó, Vila do Conde, para dizer que, mais do que ajudas, querem um compromisso entre a produção, a indústria e a distribuição para garantir um preço de 34 cêntimos por litro, explicou Carlos Neves, o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal. Manuel Azevedo, o dono da Sociedade Agrícola de Pigueiros, onde decorreu a reunião, diz que atualmente está a receber o leite a 23 cêntimos e assegura que a situação é insustentável. O produtor de 40 anos já faz contas à vida e espera não ter de fechar as portas no futuro. Carlos Neves diz que a linha de crédito bonificada e a redução das comparticipações à Segurança Social para os produtores, anunciadas na Póvoa na passada sexta-feira pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, no âmbito da Agrosemana, são “bem-vindas”, mas não são o mais importante, segundo os produtores, que dizem ser preciso um preço mínimo e que isso carece da intervenção do Governo português. Quanto a medidas europeias, o presidente da Aprolep tem esperança no conselho de ministros da UE, mas diz que a Europa precisa de ser mais solidária e não pode viver-se de acordo com a lei do “salve-se quem puder”. No final da reunião, houve um brinde ao leite nacional. Carlos Neves aproveitou para defender que tem de haver uma rotulagem de origem “bem visível” e um certificado de “preço justo” para o leite português. Carlos Neves diz que, desde o início do ano, Portugal já perdeu 250 produtores de leite. Em todo o país são agora seis mil, 1500 dos quais na região do Entre Douro e Minho e com especial força na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde.

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