(Vídeo) Protesto: avaria em rampa tira trabalho a 300 pescadores da Póvoa e V. do Conde
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em terça-feira, 04 agosto 2015 16:50
- Escrito por: João Ricardo
Uma avaria na plataforma de reboque dos barcos está, há seis dias, a paralisar os estaleiros navais de Vila do Conde. Esta manhã, manifestaram-se em protesto armadores e representantes das três associações representativas da pesca na Póvoa e em Vila do Conde – Apropesca, Associação de Armadores de Pesca do Norte e Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar. José Festas, o presidente da “Pró-Maior”, diz que há quase duas dezenas de barcos e três centenas de pescadores parados. José Pereira é o dono do “Régio Mar” que, desde quarta-feira, está encalhado no meio da plataforma de reboque dos barcos. Com a tripulação toda a bordo do barco, diz que, no dia do descarrilamento do barco, a tragédia podia ter sido maior. Volvidos seis dias, lamenta que ainda ninguém da Docapesca lhe tenha dito “uma palavra”. Por sua vez, o armador do “Fátima José” está, desde quinta-feira, à espera para sair dos estaleiros. Há quatro anos, uma situação idêntica, obrigou-o a ficar em terra uma semana e meia e Agora a situação voltou a repetir-se. José Manuel Carmo, um dos proprietários do estaleiro “Samuel & Filhos”, explica que, em 20 anos, a plataforma nunca teve manutenção. A paragem forçada está a criar enormes prejuízos, não só aos armadores, mas também aos quatro estaleiros em funcionamento em Vila do Conde, numa altura de muito trabalho, habitualmente escolhida pelos armadores para a manutenção anual . Em comunicado, o diretor da delegação Norte da Docapesca, Eurico Martins, esclarece que já tem orçamento e irá proceder a uma intervenção de urgência que, prevê, sem concretizar, se iniciará “nos próximos dias”. Ainda assim, José Festas não está satisfeito. A obra, é anunciada como “de urgência”, mas sem prazos e é apenas para recolocar a plataforma nos carris e tirar de lá o “Régio Mar”. “Não chega”, diz o presidente da “Pró-Maior”. Até que a situação se resolva, estão em terra duas dezenas de barcos e cerca de 300 pescadores.
As declarações podem ser ouvidas na edição.
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