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(vídeo) Multidão e emoção nos funerais das vítimas do massacre na Estela

A Igreja da Estela foi pequena para, esta quinta-feira, acolher todos os que quiseram assistir aos funerais de Domingos Lima e a mulher Maria Gomes, ambos com 65 anos, da filha Sílvia Lima, com 41 anos e do seu filho Renato Miguel, com 23 anos. Os quatro foram mortos a tiro no Café S. Tomé, na terça-feira, ao que tudo indica pelo empresário Paulo Silva, ex- companheiro de Sílvia, que já se encontra em prisão preventiva e que teria um desentendimento com a antiga família por causa de partilhas. Foram ao funeral pessoas de todo o concelho dado que a família era bem conhecida na Estela e em todo o município, daí também a presença do presidente da Câmara, Aires Pereira. A Câmara Municipal tem também uma preocupação com os dois menores, filhos de Paulo Silva e da falecida Sílvia e que, por causa da tragédia, ficaram sem a mãe, o meio-irmão e os avós. Isto para além de terem o pai preso, acusado de quatro homicídios ou seja, a arriscar, a pena mais pesada prevista na lei: 25 anos de cadeia. O presidente da Câmara garante que a autarquia está atenta a essa situação. Além das representações oficiais locais e municipais, compareceram nos funerais muitos jovens, nomeadamente adeptos do Varzim já que Renato Miguel, o “Salsa” como era conhecido entre os amigos, pertencia a uma das claques do clube. Quase todas as pessoas que se dirigiram para as derradeiras cerimónias, mostravam um semblante carregado, confirmando o sentimento do padre Avelino Castro que, nos últimos dias, viu a Estela sofrer com o massacre. As cerimónias fúnebres foram também um desafio na vida do sacerdote que teve de escolher, com minúcia, a mensagem de conforto para uma assembleia que evidenciava dor e comoção, com algo nunca visto.

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