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Desassoreamento coloca em contradição pescadores e governantes

Está de volta a polémica por causa da retirada de areias do porto de pesca da Póvoa de Varzim. O secretario de estado do Mar disse numa audição na comissão parlamentar que a dragagem efetuada, acabou com as limitações de navegação no porto de pesca. Mas tal não corresponde à verdade, apurou a Rádio Onda Viva junto da Associação Pró-Maior Segurança do Mar que confirmou a manutenção, pela capitania, do condicionamento nas entradas e saídas de barcos. Antes de conferirmos as declarações do governante, Pinto de Abreu, refira-se que que o assunto foi levantado na Assembleia da República por Afonso Oliveira, deputado do PSD numa interpelação à ministra do Mar. Assunção Cristas não falou em prazos, mas reafirmou que vai haver mais uma dragagem ainda este ano. Sucede  que o secretario de estado quis fazer um acrescento às declarações de Assunção Cristas,  e foi aí que Pinto de Abreu garantiu aos deputados que não há limitações no porto de pesca da Póvoa. Mas, ao contrário do que diz o secretario de Estado, há limitações à navegação impostas pelo capitão dos dois portos, Simas Silva, que não quis  pronunciar-se sobre a matéria. No entanto,  de facto,  continuam as restrições decretadas pela capitania, a autoridade responsável pela concretização de medidas de segurança.  Ouvido pela Onda Viva, o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens Mar, José Festas, reafirma que a a capitania proíbe os barcos de entrarem ou saírem com determinadas marés.  As dragagens ficaram aquém do que esperavam os pescadores e, por isso, José Festas lamenta acha que o secretário de Estado foi desagradável para com as comunidades piscatórias.

As declarações podem ser ouvidas na edição local das 12 horas

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