Povo das Caxinas continua a não gostar da solução para obra polémica
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em sexta-feira, 27 fevereiro 2015 15:41
- Escrito por: João Ricardo
A polémica à volta da construção do prédio ao lado da Igreja do Senhor dos Navegantes nas Caxinas dominou a muito concorrida reunião da Assembleia Municipal de Vila do Conde de ontem à noite. Elisa Ferraz, a presidente da Câmara, reiterou que a solução já apresentada (de recuo do prédio) é a possível e está fechada. O que está em aberto é a indemnização que caberá ao empreiteiro face às alterações anunciadas. A solução tida como final e definitiva passa pelo seguinte: pelo recuo da construção, no seu alçado sul, numa extensão de dois metros, aumentando desta forma, diz a Câmara, a distância entre a igreja e o edifício, para uma distância próxima dos 12,5 metros; pelo recuo do último piso, no mesmo alçado, que permitirá a redução da cércea da fachada mais próxima da Igreja de Nosso Senhor dos Navegantes; e pela diminuição da volumetria das varandas, ainda no alçado sul, de modo a que, em conjunto com os recuos atrás referidos, se acentue a diminuição do impacto da implantação do edifício.
A Assembleia Municipal registou grande afluência de público das Caxinas. Abel Coentrão, presidente da associação cultural Bind´ó Peixe, que se tem assumido como porta-voz do movimento que está a promover a recolha de um abaixo assinado de protesto, falou na parte final, destinada à intervenção do público, para dizer que a solução encontrada pela Câmara não satisfaz suficientemente nem acalma a população das Caxinas. Conexo a todo este processo está a aquisição, por 205 mil euros, de um prédio na Avenida Dr. Carlos Pinto Ferreira, para fazer parte da solução do problema urbanístico criado, que na assembleia foi criticado por todas as forças políticas na oposição. O PSD votou, com algumas reservas, a favor da aquisição do tal imóvel, tendo o deputado Luís Viela explicado que o partido não quer dificultar a resolução do caso. O CDS, pela voz de Afonso Ferreira, propôs a criação de uma comissão de acompanhamento do processo e votou contra a aquisição do prédio. A CDU também votou contra a proposta, por entender que se trata de “uma fuga para a frente”, desconfiando ainda que não há cabimento orçamental para tal. Refira-se que a Assembleia Municipal começou às 21h30 e acabou por volta 1h30 da noite. Metade do tempo foi gasto a falar desta polémica.
As declarações podem ser ouvidas na edição local da tarde.
by WebFarol