Sindicato vai impugnar despedimento e Câmara quer ajudar
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quinta-feira, 21 março 2024 15:42
- Escrito por: João Ricardo
O coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Bebidas diz que os trabalhadores da Gencoal foram completamente apanhados de surpresa pela intenção de despedimento de 97 pessoas, que representam cerca de um terço da força de trabalho da conserveira das Caxinas. José Armando Correia assegura que o sindicato já está a trabalhar para impugnar o despedimento coletivo na empresa, que pertence ao grupo italiano Generale Conserve. Os trabalhadores que estão indicados para sair já foram avisados por carta, datada de 14 de março. Agora, têm já um plenário marcado para o próximo dia 26
Quem também está a acompanhar de muito perto a situação é o presidente da Câmara de Vila do Conde. Vítor Costa explica que a empresa culpa os elevados preços do azeite em Portugal pela perda de competitividade da conserveira, que alega a perda de compradores e a redução das vendas para o despedimento coletivo que pretende levar a efeito. A autraquia está preocupada porque a empresa emprega sobretudo mulheres na zona das Caxinas e Poça da Barca, de famílias com parcos recursos, algumas com muitos anos de casa e numa idade difícil para arranjar emprego. O edil já pediu ao Instituto de Emprego e Formação Profissional que estivesse presente na reunião que vai ter com os trabalhadores e com o sindicato, no sentido de tentar encontrar soluções
A Gencoal foi salva da falência, em 2009, pela Generale Conserve. Produz conservas de cavala e salmão, destinadas à revenda pelo grupo italiano. Nos últimos tempos, justifica-se na carta enviada aos trabalhadores, enfrentou várias contingências, incluindo ruturas nas cadeias de abastecimento e aumento dos custos das matérias-primas e da energia. As dificuldades fizeram cair as vendas da empresa-mãe e afetaram diretamente a fábrica de Vila do Conde. Durante a pandemia, chegou a empregar mais de 450 pessoas, mas agora diz não ter outra opção senão reduzir o quadro de pessoal e tentar, assim, salvar a empresa.
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