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Junco de Forjães já está no Registo Nacional de Produções Artesanais

A arte do junco de Forjães, Esposende, passou a fazer parte do Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais. O despacho do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) já foi publicado no Diário da República. Agora, passa a haver um caderno de especificações a cumprir e uma área de produção delimitada para o uso da marca “junco de Forjães”. Assim, a Câmara de Esposende já pode registar a denominação da produção junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

A produção artesanal das esteiras de junco em Forjães, concelho de Esposende, arrancou no século XIX, dando origem a um grupo de artífices à época designado por “esteireiros”. A atividade atingiu o seu auge em meados do século XX. Na altura, havia 80 a 90 “esteireiros” em produção, numa atividade familiar e que era praticada em paralelo com a agricultura. Gradualmente, a arte foi desaparecendo e, hoje, poucas são as mulheres capazes de fazer as coloridas cestas de junco. Consciente do problema, a Câmara de Esposende avançou com a certificação do artesanato de junco, com o objetivo de preservar saberes e incentivar a produção.

As cestas de junco, feitas a partir das esteiras previamente tecidas em teares próprios, constituem uma imagem de marca e de identidade de Forjães e do concelho de Esposende. Uma das especificidades do artesanato de junco de Forjães é a utilização de junco de água salgada (vulgarmente conhecido por junco marítimo), nascido nos estuários de rios Lima, Âncora, Coura e Cávado. Mas o principal local de apanha é o sapal da margem esquerda do Lima, cerca de dois a três quilómetros a montante da foz, nos meses de julho e agosto.

Em julho de 2023, o artesanato de junco tornou-se no 22.º produto certificado em Portugal continental. Em Vila do Conde está certificada a Renda de Bilros. Na Póvoa, a Camisola Poveira foi certificada a 9 de Setembro de 2022.

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