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Tribunal diz que Boaventura aliciou jogadores do Rio Ave

César Boaventura foi condenado, ontem, a três anos e quatro meses de prisão por três crimes de corrupção ativa. O Tribunal de Matosinhos deu como provado que o empresário tentou aliciar três jogadores do Rio Ave para perderem com o Benfica na época 2015/2016. César Boaventura terá, agora, que pagar 30 mil euros a instituições de carácter social ou desportivo durante três anos. Apresentados os comprovativos do pagamento de 10 mil euros por ano, a pena fica suspensa. O agente fica ainda impedido de exercer funções profissionais durante dois anos.

O tribunal deu como provado que o empresário contactou Cássio, então guarda-redes do Rio Ave, e o tentou aliciar com 60 mil euros para facilitar no jogo contra o Benfica, proposta negada pelo guardião vilacondense.

Cenário semelhante aconteceu com Marcelo, defesa da formação de Vila do Conde à altura dos factos. Mais uma vez, a tentativa de Boaventura foi infrutífera.

A esta teia de aliciamentos junta-se ainda Lionn. Segundo o tribunal, César Boaventura terá contactado o atleta para facilitar a vida às águas, cometendo um penálti e sendo expulso durante o jogo, sinalizando a ação com um "murro no chão". Lionn recusou.

Em tribunal, Boaventura refutou categoricamente as acusações. "É uma pouca vergonha o futebol em Portugal. As pessoas deixaram de ter escrúpulos, acusa-se só por acusar. Estes jogadores não passaram dos salários base do futebol e, depois disto, ganharam muito dinheiro", disse o empresário.

Ontem, o juíz afirmou que o empresário "ofereceu vantagens ilegítimas" aos três atletas, agindo de forma "consciente e deliberada", tendo conhecimento de que as suas condutas "eram proibidas por lei".

Boaventura foi absolvido de um quarto crime de corrupção por tentar aliciar um jogador do Marítimo.

VianaCar

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