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Funcionários manifestaram-se à porta da Santa Casa

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia da Povoa cumprem hoje o terceiro dia de greve. Queixam-se dos baixos salários, das horas “extras” feitas durante a pandemia que ainda não receberam e da falta de pessoal, mas, sobretudo, da falta de respeito. Fátima Silva, que é auxiliar há 34 anos, na Unidade de Média Duração e Reabilitação, explica que, apesar de estar como de 1.ª no recibo de vencimento, continua a receber como de 2.ª. 

Marisa Ribeiro, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP), que convocou o protesto, explica que foi preciso ser enviado o pré-aviso de greve para serem pagos os retroativos de 2023 e, mesmo assim, só metade. Muitos ainda esperam pelo pagamento das “horas espelho” que fizeram durante a pandemia, em 2020 e 2021, queixando-se também que as carreiras profissionais há anos que não são atualizadas tendo em conta a antiguidade. A dirigente sindical destaca ainda a questão da falta de pessoal, que diz ser gritante na instituição. Na alimentação, as queixas são mais do que muitas: artigos fora de prazo e impróprios para consumo, diarreias e mau-estar, comida sem qualquer tipo de regras alimentares e trabalhadores da noite com um pão e duas peças de fruta como refeição principal. 

Os trabalhadores da Santa Casa estão parados, duas horas no início de cada turno, até à meia noite de hoje. Nesses horários a instituição está a funcionar só com serviços mínimos. O CESP explica ainda que vai denunciar o caso à Segurança Social e à Autoridade para as Condições do Trabalho, defendendo que a Santa Casa recebe “dinheiros públicos” e não está, dizem, a canalizar as verbas para “assegurar as condições mínimas dos utentes/idosos”.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

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