Luto pela morte de ex-líder da Assembleia Municipal de Famalicão
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quinta-feira, 28 dezembro 2023 14:33
- Escrito por: João Ricardo
Morreu, ontem, aos 87 anos, Joaquim Loureiro, antigo presidente da Assembleia Municipal de Famalicão. O presidente da Câmara, Mário Passos, já decretou dois dias de luto municipal. A bandeira do município estará a meia haste até ao final do dia de hoje. A missa de corpo presente é, hoje, às 15h00, na antiga Igreja Matriz de Famalicão.
Nascido em Alcobaça a 29 de maio de 1936, Joaquim Loureiro foi presidente da Assembleia Municipal de Famalicão entre 1986 e 1989. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, apoiou a candidatura do general Humberto Delgado à Presidência da República, em 1958, e durante a crise académica de 1960-1962 participou ativamente nas manifestações estudantis, o que o levaria a ser duas vezes identificado e detido pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado). Entre 1967 e 1968, lecionou na Escola Técnica de Vila Nova de Famalicão acabando por ser expulso da função pública por decisão do Conselho de Ministros, devido às suas posições políticas, nomeadamente, por ser apoiante da Oposição Democrática ao Estado Novo.
Pertenceu às comissões políticas do Movimento Democrático Português (MDE), deixando-o em 1974 para aderir ao Partido Socialista. Pertenceu à Comissão Administrativa da Câmara de Famalicão, presidida por José Carlos Marinho, entre 1976 e 1977, foi presidente da Assembleia Municipal e várias vezes eleito vereador pelo PS, tendo, inclusive, desempenhado o cargo como vereador independente, sem filiação partidária. Fez parte de várias associações como a Quercus, o Famalicense Atlético Clube, que presidiu durante dois mandatos, e dirigiu o grupo de teatro da Associação Cultural de Vermoim. Foi também autor de vários livros, o último dos quais “O Estado Totalitário”, lançado em setembro de 2019.
“Um lutador ativo pela liberdade e pela democracia que fez dele um dos presos políticos do Estado Novo. Nunca deixou de lutar pelos valores da democracia e da liberdade”, escreveu Mário Passos nas suas redes sociais.
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