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Pescadores e conserveiras unem-se em torno da sardinha

Depois de um longo período de afastamento por força das magras quotas de captura de sardinha, a Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (Anopcerco) e a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) assinaram, ontem, um acordo de cooperação para assegurar o escoamento da sardinha.

O presidente da Anopcerco, Humberto Jorge, considera que este é um primeiro passo para recuperar uma ligação de pescadores e conserveiras que era umbilical, numa espécie que, sendo “a mais abundante na costa portuguesa”, tem um peso enorme no setor das pescas. Agora, frisa o dirigente, está aberta a porta para que, região a região, sejam celebrados contratos de abastecimento direto, definindo quantidades e preços.

Humberto Jorge afirma que esta reaproximação de produção e indústria tem ainda um objetivo mais importante do que assegurar o escoamento e garantir a estabilidade da cadeia: a candidatura da sardinha ibérica à certificação MSC (Marine Stewardship Council), um rótulo de sustentabilidade que Portugal perdeu em 2014, fruto da quebra abrupta do stock devida à pesca excessiva, mas que agora está a tentar reconquistar

O ano passado, recorde-se, sem comprador e com preços de venda muito baixos, a frota da sardinha parou no início de dezembro, sem esgotar a quota atribuída a Portugal. Agora, Anopcerco e ANICP querem entender-se para que a história não volte a repetir-se.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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