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Crivo de S. Miguel da Carreira já é Património Imaterial nacional

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) já aprovou a inscrição da “Arte de Bordar o Crivo em São Miguel da Carreira” (Barcelos) no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI). A consulta pública de 30 dias tinha tido início a 21 de julho. Findo o prazo, a DGPC prometia uma decisão no prazo de 120 dias. Cumpriu.

O crivo é um tipo de bordado a branco, baseado na técnica do desfiado, ou seja, na remoção de fios a um tecido pré-existente. Tem particular expressão no sudeste do concelho de Barcelos, sobretudo na freguesia de São Miguel da Carreira, sendo historicamente tributária dos antigos linhares, que pontuavam os campos desta região, já que são de linho os panos sobre o qual é executado o crivo.

“As bordadeiras de crivo são um elemento fundamental da memória colectiva e da história local das povoações do concelho de Barcelos, dado que este ofício têxtil ocupou uma boa parte das mulheres destas freguesias, de premeio com outras ocupações”, explica a DGPC.

Actualmente, apenas quatro bordadeiras de três unidades produtivas artesanais certificadas dominam todas as fases de produção do crivo. Estas artesãs distribuem-se pelas freguesias de São Miguel da Carreira, Cambeses e São Martinho de Galegos, embora existam outras que trabalham apenas quando recebem encomendas.

Para inverter esta situação, a Câmara de Barcelos decidiu avançar, em 2022, para a inscrição da “Arte de Bordar o Crivo em São Miguel da Carreira” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, contribuindo, assim, para o estudo e registo desta prática e para a implementação de medidas de salvaguarda daquela arte.

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