Rádio Onda Viva

Emissão Online

Professor acusado de "importunação sexual" por alunas de 14 anos

Um professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) da Escola Secundária da Trofa está a ser acusado de importunação sexual, durante uma viagem da disciplina, que decorreu em fevereiro, tendo como destino a cidade de Lisboa. O docente já foi alvo de um processo disciplinar por parte do agrupamento de escolas, que o sancionou com uma repreensão escrita, mas continua a lecionar em várias escolas, o que levou, agora, um grupo de pais a denunciar publicamente o caso. Os encarregados de educação, conta o Correio da Manhã, consideram haver “risco de exposição de um grande número de crianças a um potencial agressor sexual”.

Numa primeira exposição feita à direção do Agrupamento, os pais das jovens envolvidas deram conta de que o docente, face ao barulho provocado pelas alunas, já de madrugada, terá entrado no quarto, onde permaneceu por mais de uma hora, deitado numa das camas que estava vazia. De acordo com os relatos das jovens de 14 anos, o professor fez-lhes, nessa altura, várias perguntas de teor sexual.

“O comportamento do docente, ora arguido, indicia o exercício das funções de vigilância de forma negligente, negligência essa que é grosseira à luz do entendimento do cidadão médio, consignado no nosso ordenamento jurídico”, pode ler-se no relatório final do processo disciplinar. O instrutor propôs, assim, que a infração, em vez de sancionada com multa, fosse “atenuada” para repreensão escrita, tendo em conta os “mais de 10 anos com exemplar comportamento e zelo” e de “em anos anteriores ter exercido a mesmas funções em visitas de estudo”, sem que tivesse havido “qualquer queixa ou facto a registar”.

Agora, os pais não se conformam. “Considerando-se provada a culpa do professor, consideramos inaceitável que continue colocado como professor da disciplina de EMRC em diversas escolas do município da Trofa, como a EB 2/3 Napoleão Sousa Marques e a Escola Secundária”, reitera o grupo de pais, que prefere manter o anonimato.

Duas mães apresentaram mesmo queixa do caso na GNR.

Clique para solicitar um orçamento

RECOMENDADAS

Login