Não houve barcos suficientes para levar os andores nas Caxinas
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em sexta-feira, 04 agosto 2023 10:06
- Escrito por: Ana Trocado
Pela primeira vez nos 38 anos de história recente da procissão do Senhor dos Navegantes, nas Caxinas, não houve barcos suficientes para carregar os 16 andores que, no domingo, sairão à rua no maior cortejo religioso da região. Este ano, há cinco andores que não foram entregues a embarcações locais, já que, na falta de homens do mar, a comissão de festas abriu a responsabilidade dos andores a comerciantes locais.
Dois stands de automóveis, uma empresa de peixe, outra de marisco, um café e uma loja de brindes vão ajudar a manter viva a tradição do padroeiro dos pescadores. O Planeta dos Búzios (empresa de comércio de pescado), leva o andor de São Pedro, a Oceanique (comercio de peixe) o do Santo António, o stand Vila Motor, a Nossa Senhora da Graça , o Café Maresia e a Vip Automóveis o S. Sebastião e a Brinde e Companhia o São Paulo.
“Um sinal dos tempos”, que espelha, por um lado, o facto de, cada vez mais, haver menos pescadores entre a maior comunidade piscatória do país e, por outro, as dificuldades por que passa o setor que, noutros tempos, quase lutava pelos andores e havia sempre barcos que ficavam de fora.
Já em 2017, a falta de figurantes obrigou a comissão de festas a permitir a ida de mulheres casadas na procissão, que, outrora com mais de 500 figurantes, hoje não chega aos 300.
A procissão do Senhor dos Navegantes sai à rua, no próximo domingo, a partir das 16h00. É das maiores do país, com andores que chegam a pesar mil quilos. Tem um percurso de mais de dois quilómetros, que demora duas horas e meia a percorrer. São esperadas 50 mil pessoas para assistir.
Este ano, é o “Filipa Miguel” quem vai transportar o Senhor dos Navegantes. O barco não foi o que deu o maior donativo às festas – os chamados “Quartos do Senhor” -, mas, porque teve um incêndio, seguido de naufrágio, em Setembro de 2022, ao largo dos Açores e sobreviveram todos os oito tripulantes, vai, agora, agradecer ao santo a proteção divina. O “quarto” maior veio do Algamar, que doou às festas mais de seis mil euros.
by WebFarol