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Deputado do Chega amarrou-se aos portões da câmara em protesto

O deputado municipal da Póvoa de Varzim, eleito pelo Chega, António Miguel Rios amarrou-se aos portões da Câmara em protesto por ter sido bloqueado nas redes sociais do município.

Na sua página de facebook, António Miguel Rios acusa o executivo liderado pelo social-democrata Aires Pereira de promover a “censura” e o “abuso de poder”, e “apela à democracia”.

Na assembleia municipal, o deputado – o único eleito pelo partido de André Ventura na Póvoa – já tinha afirmado que Salazar proibiu o fascismo, fazendo o elogio ao ditador, e que o PCP devia ser ilegalizado. Agora, volta a protagonizar outro momento insólito: publicou várias fotografias amarrado aos portões da Câmara, com fita adesiva a tapar-lhe a boca, em protesto por ter sido bloqueado pela maioria PSD nas redes sociais do município.

O político do Chega garante que “não infringiu qualquer valor, não insultou ninguém e sempre utilizou linguagem apropiada para exprimir opinião divergente da do executivo e sempre fundamentada”.

Diz que há fez mais de dez pedidos ao presidente, Aires Pereira e outros tantos ao vice-presidente, Luís Diamantino para que lhe expliquem as razões do seu bloqueio, que o impedem de comentar publicações municipais, mas não obteve resposta.

“Pergunto se acham bem um Executivo bloquear um deputado municipal. Peço aqui o vosso like ou não. E se quiserem comentar, ficaria orgulhoso. Peço isto até aos mais covardes. Peço isto também e fundamentalmente aos meus colegas deputados eleitos por outros partidos, pois partilhamos os mesmos direitos e deveres. Falo em liberdade de expressão. Falo no regresso da censura. Somos 26 deputados municipais eleitos que devem defender os interesses do nosso Município e a nossa liberdade de expressão” escreveu o deputado.

A maioria acusa Miguel Rios de se dedicar a partilhar “teorias da conspiração”, “insultos” e “calúnias”, justificando, assim, a decisão de bloquear o deputado do Chega. Ainda assim, na reunião do executivo em que Miguel Rios levantou a questão, a resposta foi apenas um “oportunamente terá uma resposta”.

Em setembro de 2001, a coordenadora da concelhia do Chega na Póvoa de Varzim, Sónia Vieira de Carvalho, retirou a confiança política a Miguel Rios, no entanto, o autarca manteve-se no partido até hoje e recusou deixar o seu lugar na assembleia municipal.

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