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Sócrates passou a noite na PSP e será ouvido

José Sócrates é um dos quatro suspeitos em investigação sobre fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção. É a primeira vez que um ex-primeiro-ministro é detido. Detenção ocorreu à chegada ao aeroporto de Lisboa. O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido na noite desta sexta-feira no âmbito de um processo em que se investigam crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, confirma uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os outros três detidos neste caso dormiram no Estabelecimento Prisional anexo à Polícia Judiciária, confirmaram fontes prisionais ao PÚBLICO, enquanto Sócrates passou a noite nos calabouços do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.José Sócrates foi detido no aeroporto da Portela, em Lisboa, pelas 23h10, quando regressava de Paris. Foi fotografado a sair do Departamento Central de Investigação e Acção Penal à 1h19. Deverá ser presente neste sábado ao juiz de instrução Carlos Alexandre."No âmbito de um inquérito, dirigido pelo Ministério Público e que corre termos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), e onde se investigam suspeitas dos crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção, na sequência de diligências, desencadeadas nos últimos dias, foram efectuadas quatro detenções. Entre os detidos encontra-se José Sócrates", diz o comunicado da PGR. Como salienta a Lusa, esta é a primeira vez na história da democracia portuguesa que um ex-primeiro-ministro é detido para interrogatório judicial.Este é um caso que promete agitar não só o meio judicial, mas igualmente a política portuguesa, numa altura em que António Costa vai ser eleito neste sábado secretário-geral do Partido Socialista, depois de ter vencido as eleições primárias para candidato a primeiro-ministro. Costa Ao Campus da Justiça na manhã deste sábado já chegaram alguns advogados. “Trabalho como advogado e eventualmente representarei o engenheiro José Sócrates”, disse João Araújo. Questionado sobre o que falta para acompanhar o ex-primeiro-ministro neste processo, o advogado disse que falta “outorgar uma procuração”. A advogado Paula Lourenço, que já defendeu a empresa JP Sá Couto num caso de alegada fraude fiscal e representou Charles Smith e Manuel Pedro no processo Freeport, também está no Campus da Justiça, mas não quis dizer quem representa.

Fonte: Público

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