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Pescadores temem deserto no mar com criação de parques eólicos

Os pescadores da região estão preocupados com o impacto das cinco novas áreas de implantação de parques eólicos offshore que estão atualmente em consulta pública até 10 de março. Em causa estão novas zonas de exploração de energias renováveis ao largo de Viana do Castelo, Matosinhos, Figueira da Foz, Ericeira e Sines, que totalizam 3393 km2 de espaço marítimo nacional. Trata-se de uma área equivalente a 320 mil campos de futebol que pode provocar "o maior deserto oceânico do mundo" ao acabar com a fauna marinha ao redor como aconteceu no parque WindFloat bem perto da Póvoa de Varzim. O futuro do setor pode ficar em causa, defende Manuel Marques, que critica a falta de consulta prévia aos homens do mar neste processo.

O dirigente da Associação de Armadores de Pesca do Norte participou já numa reunião com representantes de várias associações de armadores, organizações de produtores e sindicatos para analisar esta situação que pode condenar a atividade nas comunidades piscatórias das zonas abrangidas. Entre os riscos para o país estão a perda da soberania alimentar e o fim da atividade de cerca de 50% da frota nacional, sendo que muitas dessas embarcações são de cariz familiar e que será difícil a reconversão destes profissionais para outras atividades. Os pescadores da zona das Caxinas estão indignados e sentem-se traídos por quem os devia defender, tendo exigido reuniões urgentes à Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas e ao Governo para obter respostas.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

VianaCar

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