Acabou a conversa, Câmara da Póvoa avança para tribunal
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em sexta-feira, 20 janeiro 2023 09:02
- Escrito por: Ângelo Marques
A Câmara da Póvoa de Varzim, presidida por Aires Pereira (na imagem) anunciou ontem que vai avançar para a Justiça pedindo a alteração da forma de laboração do aterro da Resulima, situado em Paradela (freguesia de Barcelos), paredes meias com Laundos. “Nada mais resta ao Município da Póvoa de Varzim que não seja conduzir exclusivamente o processo pelas vias judiciais, tendo em vista a correção das anomalias verificadas e sentidas por todos os que residem nas proximidades das instalações em causa”, justifica.
Em causa estão os odores lançados pela estação de tratamento que, supostamente, é de última geração, custou milhões de euros e devia ser exemplar. O nome oficial do espaço é mesmo “Unidade de Confinamento, Preparação e Tratamento de Resíduos Urbanos (UCPT)”, mas , como já lhe contámos na Onda Viva (recorde, por exemplo, aqui), a população tem protestado pelo mau cheiro que espalha pelas redondezas, especialmente em Laundos e S. Pedro de Rates.
Ainda assim, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte fez saber, publicamente, que vai passar as licenças em falta o que, segundo a autarquia poveira, é uma decisão “à revelia da realidade continuamente identificada no terreno”.
A Câmara diz que quando soube da opção da CCDR-N pela comunicação social, sentiu “elevado nível da estupefação”, mas dá entender que há algo de duvidoso pode estar também estar no ar. “Este anúncio surge, coincidentemente, após o término do prazo definido para a implementação das medidas corretivas adicionais pela empresa, no âmbito do controlo de odores, estabelecidas aquando da vistoria realizada a 29 de março de 2022”, refere o texto autárquico que complementa: “Não se compreende, ainda, que a CCDR-N, neste anúncio público, contradiga o transmitido um dia antes, por escrito, pela sua própria Diretora dos Serviços de Fiscalização, que reconheceu ‘que o incómodo ainda se verificará’, assumindo como necessário ‘um estudo de avaliação de medidas adicionais a levar a efeito’”.
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