Morreu autora que gostava do Correntes d'Escritas e vice-versa
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em sábado, 17 dezembro 2022 22:31
- Escrito por: Ângelo Marques
Morreu hoje em Lisboa Nélida Piñon, escritora que em 2007 realizou, na Póvoa de Varzim, a conferência de abertura (tema: “A memória secreta da mulher”) do Correntes d’Escritas - Encontro de Escritores de Expressão Ibérica e que, em 2019, foi a figura em destaque, nesse certame poveiro, tendo sido inclusive a personagem central da revista de um evento que acarinhou durante décadas.
A autora foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras e conquistou diversos galardões entre os quais o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2019, instituído pela Universidade de Évora. Nesse mesmo ano escolheu o Correntes para apresentar o sue livro "Uma furtiva lágrima" (recorde aqui) outros dos seus livros mais famosos são "A República dos Sonhos", "Livro das horas", "Aprendiz de Homero" e e “um Dia chegarei a Sagres”
Eis o seu currículo divulgado pela plataforma Wook:
“Nélida Piñon nasceu em 1937 no Rio de Janeiro, numa família originária da Galiza. Formou-se em Jornalismo em 1956 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora catedrática da Universidade de Miami desde 1990 e doutor honoris causa das universidades de Santiago de Compostela, Rutgers e Montreal, entre outras, foi a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras em 1996.
Desde 2004 é membro da Academia das Ciências de Lisboa. A sua extensa produção literária, traduzida em diversas línguas, foi distinguida com numerosos galardões, entre os quais o Prémio Walmap (1969) pela novela ”Fundador”; o Prémio Mário de Andrade (1972) por “A Casa da Paixão”; o Prémio Internacional Juan Rulfo de Literatura LatinoAmericana e do Caribe (México, 1995); o Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte e o Prémio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A República dos Sonhos”; o Prémio Iberoamericano de Narrativa Jorge Isaacs (Colômbia, 2001); o Prémio Rosalía de Castro (Espanha, 2002); o Prémio Internacional Menéndez Pelayo (Espanha, 2003); o Prémio Jabuti para o melhor romance (Brasil, 2005) por “Vozes do Deserto”; e o Prémio Literário Casa de las Americas (Cuba, 2010) por “Aprendiz de Homero”.
Em 2005 recebeu o importante Prémio Príncipe de Astúrias das Letras pelo conjunto da sua obra, o primeiro escritor de língua portuguesa a consegui-lo. Em 2015, recebeu o Prémio El Ojo Crítico Iberoamericano, concedido pela Rádio Nacional de Espanha".
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