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Fraude gigantesca: PJ na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde

Duzentos e 50 elementos da Polícia Judiciária e 35 da Autoridade Tributária esmiuçaram o ramo português de uma “cadeia de  uma complexa cadeia de empresas, na sua maioria com o objeto social de venda de equipamentos informáticos em plataformas 'online', que na verdade operavam executando os atos necessários para se locupletarem com as quantias de IVA recebidas da venda desses produtos a clientes finais num esquema típico da Missing Trader Intra-Community (MTIC) Fraud, que lesa os cofres da União Europeia”, refere um comunicado da PJ.

O modo de operação era complexo e integrava vários níveis de participação. Explica a Procuradoria: “desde empresas que agem como fornecedores aparentemente limpos de dispositivos eletrónicos e que reclamam reembolsos de IVA junto das autoridades fiscais nacionais enquanto vendem estes dispositivos online a clientes individuais– e subsequentemente canalizam o produto dessas vendas para o estrangeiro, antes de desaparecerem – a empresas que branqueiam o produto dessa atividade criminosa”.

Em Portugal foram efetuadas 100 buscas no Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Braga, Guimarães, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Coimbra, Figueira da Foz, Lisboa, Seixal, Vila Franca de Xira, Sintra, Funchal e como referimos a Póvoa e Vila do Conde.

Como resultado da operação “foram detidos catorze indivíduos ligados a esta organização de carácter e dimensão transnacional, que se encontravam em território nacional, apreendidas viaturas automóveis e outros bens de luxo, material informático, dinheiro em montante valor superior a dois milhões de euros, bem como documentação diversa relativa à prática dos factos”.

À ordem da investigação foram arrestadas mais “cerca de 50 viaturas, 47 propriedades e cerca de 600 contas bancárias nacionais”

A PJ estima que “em causa estarão transações fraudulentas superiores a 2,2 mil milhões de euros”.

 

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